INVESTIGAÇÃO

Navio asiático é novo suspeito de derramar óleo no litoral do Nordeste

Embarcação presta serviço a dois países asiáticos e estava carregada de petróleo venezuelano
Por Bruno Fernandes 18/11/2019 - 15:37
Atualização: 18/11/2019 - 22:44

ACESSIBILIDADE

Felipe Brasil/Instituto do Meio Ambiente de Alagoas / Divulgação
Vazamento de petróleo em Alagoas: mancha de óleo gigante aparece em Jarapatinga
Vazamento de petróleo em Alagoas: mancha de óleo gigante aparece em Jarapatinga

O professor Humberto Barbosa, do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), afirmou nesta segunda-feira, 18, ao EXTRA, que uma embarcação de origem asiática é responsável pelo derramamento de petróleo cru na costa nordestina.

Segundo o especialista da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), instituição da qual o Lapis faz parte, o navio carregado de petróleo venezuelano presta serviços para dois países asiáticos ao mesmo tempo. No entanto, Barbosa não revelou a nacionalidade específica.

"Já temos o nome e as rotas, mas só vou divulgar caso eu seja perguntado durante a audiência que será realizada na quarta-feira, 20, no Senado Federal", explicou. Ao todo, cerca de 111 rotas foram analisadas.

Satélite Sentinel-1A registra mancha de óleo próximo ao Litoral da Paraíba

O professor também desmentiu a informação de que a tragédia ambiental tenha sido causada pelo Voyager 1, como divulgado por alguns veículos de comunicação durante o final de semana. Barbosa explicou que tudo não passou de um equívoco da equipe no momento de selecionar e enviar as análises.

"Na hora de enviar, a equipe se atrapalhou um pouco e o link que aparece a embarcação acabou indo com umas imagens, mas ele não tem relação com o acontecido", explicou.

A investigação foi realizada com base em uma imagem do satélite Sentinel 1-A, que mostra o que parece ser uma mancha de óleo a 25 quilômetros do litoral da Paraíba, no último dia 19 de julho. 

Uma das principais críticas da Marinha à análise do Lapis é que, se o vazamento tivesse começado tão ao Norte, não teria sido levado pelas correntes marítimas para os estados ao sul do Nordeste, como a Bahia.


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