Vídeo de estudante maceioense enxergando as cores pela primeira vez viraliza

Um vídeo de um estudante enxergando algumas cores pela primeira vez viralizou nas redes sociais nas últimas semanas. As imagens mostram o estudante João Victor, do 3º ano de uma escola particular em Maceió, usando, pela primeira vez, um óculos para daltonismo.

De forma resumida, o daltonismo é caracterizado pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho.

A ação e o vídeo gravado pelos próprios colegas vem fazendo sucesso desde o início do mês e já alcançou mais de 1 milhão de visualizações no Twitter. No vídeo, o estudante é convidado a dizer as cores de algumas bolas de assopro com seus óculos comuns e, depois, com os óculos especiais, sendo notável a diferença.

Em entrevista ao EXTRA, uma das amigas do estudante, Mirella Sampaio, explica que a ideia de ajudar surgiu quando o aluno sentiu dificuldade para diferenciar as cores de um marcador durante a correção de algumas provas.

"Ele falou que tinha muita dificuldade pra entender as cores dos marcadores. Aí o professor deu a sugestão para uma amiga nossa de comprar o óculo de daltonismo e que o professor ajudaria com o pagamento. Depois os próprios alunos resolveram se juntar e comprar", explica. Ao todo, entre pesquisa de preço e outras coisas, o processo de compra durou cinco meses.

A mudança na percepção é surpreendente para João e emocionante para os colegas. "Eu não consigo nem descrever. A diferença realmente é muita. Eu estou enxergando o mundo como ele deve ser enxergado. Mudou contraste, mudou tudo", conta o estudante ao EXTRA.

Apesar de melhorar a visão, o óculos não inibe o problema. "O óculos não inibe o daltonismo, mas ajuda muito a entender o que são as cores, experiências que eu nunca tinha vivido até então". Um dos motivos para a demora na aquisição do óculos foi a dificuldade de encontrar.

"O óculos foi encomendado por uma empresa americana pelo fato de não ser encontrado em Alagoas. Valor do dólar, conversão entre outras coisas atrapalharam um pouco", explica Franklin Victor, outro amigo do estudante.

Ao tentar identificar de novo as cores dos balões, ele tem dificuldade para reconhecer o laranja e o lilás. Em seu Instagram, sua descrição passou a ser "Eu estou descobrindo as cores e estou tão feliz."