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Famílias do Mutange serão removidas com ou sem autorização da União, diz prefeito

Por Bruno Fernandes 19/10/2019 - 08:51
Atualização: 19/10/2019 - 09:11

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Foto: Pei Fon / Secom Maceió
O bairro do Mutange está sendo monitorado pela Defesa Civil de Maceió
O bairro do Mutange está sendo monitorado pela Defesa Civil de Maceió

Aproximadamente 750 famílias que hoje moram no bairro do Mutange, um dos afetados por rachaduras e instabilidade no solo causados pela mineração de sal-gema serão removidos com ou sem autorização da União, informou o prefeito Rui Palmeira em entrevista ao Ricardo Mota Entrevista, da TV Pajuçara.

De acordo com o gestor, não há mais tempo para esperar que a burocracia continue pondo em risco a vida de centenas de pessoas que moram no bairro, considerada a área de maior risco de tragédia em Maceió.

"Não podemos ficar esperando que alguém morra para tomar essa providência. Já fomos várias vezes a Brasília, confirmamos que as moradias do Minha Casa, Minha Vida, no Beneditos Bentes, serão destinadas aos moradores do Mutange, mas a ação concreta não acontece. Agora, com ou sem autorização da União, nós vamos fazer a remoção dessas famílias", declarou Rui.

A transferência dos afetados foi divulgada no dia 3 de outubro deste ano, após uma reunião realizada entre o prefeito Rui Palmeira e o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. No encontro ficou definido que assessores técnicos do Ministério deveriam vir a Maceió para as tratativas de realocação dessas famílias.

Em julho deste ano, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) realizou um cadastro dos moradores da localidade e, em Brasília, o prefeito Rui Palmeira solicitou autorização do governo federal para ocupação de 740 casas do programa Minha Casa, Minha Vida.

A Braskem é apontada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) como a principal responsável pela instabilidade no solo nos bairros afetados, devido a extração da sal-gema.

Desde que o fenômeno começou, moradores têm precisado sair de suas residências por causa dos riscos de desabamentos. Alguns deles permanecem nas localidades convivendo com as rachaduras.


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