MEIO AMBIENTE

Óleo não foi a causa da morte de golfinho no litoral alagoano

Animal encontrado na praia de Feliz Deserto apresentava marcas causadas por redes de pesca
Por Redação com assessoria 14/10/2019 - 19:03
Atualização: 14/10/2019 - 19:10

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Divulgação
Golfinho foi encontrado por populares que caminhavam pelo local
Golfinho foi encontrado por populares que caminhavam pelo local

O golfinho encontrado morto, no domingo, 13, na praia de Feliz Deserto, teve como causa do óbito a interação com apetrechos de pesca. Conforme informações repassadas pela equipe de Gestão de Fauna do Instituto do Meio Ambiente (IMA), o óleo que tem aparecido na costa nordestina foi descartado como possível causa da morte do animal.

A conclusão foi feita após exame do golfinho. “Foi descartada a possibilidade de morte por contato com petróleo; o animal apresentava marcas de interação negativa com pesca (marcas de rede de pesca) e que o mesmo pode ter vindo a encalhar já em óbito”, afirma a nota divulgada pela equipe.

Segundo Epitácio Correia, gerente de Fauna, Flora e Unidades de Conservação do IMA, os dados oficiais, atualizados na segunda-feira, 14, pelo Núcleo de Monitoramento e Informações Ambientais – NMI/IBAMA/RN, há o registro de quatro ocorrências de fauna afetada por óleo na costa alagoana, sendo 02 tartarugas vivas e 02 tartarugas mortas.

Entretanto, nos casos dos animais mortos, ainda não é possível afirmar que a causa do óbito tenha sido por causa do óleo bruto. Isso porque os animais já foram encontrados em avançado estado de decomposição e putrefação, de modo que os animais podem ter sido atingidos depois, a necropsia é que deverá apontar a causa.

As duas tartarugas vivas foram encaminhadas para centro especializado no Estado de Sergipe, montado para recebimento de animais afetados pelo petróleo no nordeste.

A orientação para a população é que, ao se deparar com a presença de algum animal afetado pelo óleo em situação de encalhe, entre em contato o mais rápido possível com os órgãos ambientais, para o atendimento emergencial.

Avanço do óleo

Mais uma praia do litoral alagoano foi alvo das manchas de petróleo cru que têm aparecido em todo Nordeste. O Ibama enviou nesta segunda-feira, 14, uma equipe para a praia da Barra de Santo Antônio, novo ponto em que foi localizado o material.

No último bairro da capital alagoana, que faz divisa com o município de Paripueira, vários pedaços do óleo viscoso foram localizados por banhistas e moradores.

De acordo com o Ibama, o óleo já atingiu 156 pontos do litoral do Nordeste, espalhados por 71 municípios. Os nove estados nordestinos foram afetados.


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