POLUIÇÃO

PF abre inquérito para investigar manchas de óleo no mar de Maragogi

Por Tamara Albuquerque 03/10/2019 - 09:55
Atualização: 03/10/2019 - 10:49

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Foto: Divulgação
Manchas de óleo de petróleo apareceram no litoral nordestino no começo de setembro
Manchas de óleo de petróleo apareceram no litoral nordestino no começo de setembro

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a origem das manchas de petróleo encontradas em praias do Nordeste e que já atingiram mais de 190 pontos, inclusive no município de Maragogi, litoral Norte de Alagoas. As investigações serão concentradas na superintendência do Rio Grande do Norte. 

O Ibama monitora a situação desde o começo do mês passado, quando as manchas surgiram, segundo informações do governo federal. A mancha chegou a todos os estados do Nordeste, com exceção da Bahia. A Petrobras confirmou que o petróleo encontrado em todas as praias tem a mesma origem. E que não é do Brasil.

As manchas de óleo encontradas em vários pontos do litoral nordestino desde o início de setembro são consideradas tóxicas, de acordo com Rafael Moraes, analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). “Trata-se de petróleo bruto, uma mistura de hidrocarbonetos. Sabemos do que se trata, mas não sobre de onde esse material veio", enfatizou o técnico na semana passada.

O petróleo cru é rico em benzeno, xileno e tolueno, causando náusea, visão turva, euforia e vertigem quando em contato com mãos, olhos e boca. Além disso, as neurotoxinas do óleo podem afetar o funcionamento cerebral a longo prazo.

Balneabilidade

Infelizmente, além das manchas de petróleo, o município de Maragogi tem três pontos do seu belíssimo litoral impróprios para banho por poluição por coliformes fecais. Relatório do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas aponta como poluídos os trechos em frente à foz do Rio Persinunga, à foz do rio Salgado e à foz do rio Maragogi. A coleta da água foi realizada no dia 24 de setembro pelo laboratório de Estudos Ambientais.

As praias são consideradas próprias, quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, não exceder um limite de 800 NMP (Número Mais Provável) de Escherichia coli por 100 mL da amostra de água. Acima disso, o trecho passa a ser impróprio para banhistas.


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