BAIRROS AFUNDANDO
Braskem sabia do afundamento do Pinheiro um ano antes dos tremores
A petroquímica Braskem estava ciente do afundamento do bairro do Pinheiro, em Maceió, um ano antes de acontecerem os tremores de terra que assustaram a população em março de 2018. Essa foi apenas uma das constatações da Comissão Especial de Inquérito (CEI) realizada pela Câmara de Vereadores da capital.
O mais curioso é que foi a própria empresa que assumiu que estava a par da instabilidade do solo e que, mesmo assim, continuou a extrair o minério sal-gema da região. O relatório final da CEI foi publicado no Diário Oficial Eletrônico de Maceió na terça-feira, dia 24.
Após análise de dados, do acolhimento de informações e questionamento direto aos envolvidos, os vereadores componentes da comissão decidiram pelo indiciamento das esferas cível e criminal da diretoria da Braskem em Alagoas, além de sua destituição.
O inquérito apontou conclusão idêntica à do Serviço Geológico do Brasil (CPRM): foi a mineração da petroquímica um dos fatores predominantes que causou a instabilidade do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, destruindo edifícios, empresas e o sonho da casa própria de 30 mil famílias.
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