Operação Casmurros

Servidores afastados continuarão recebendo salários

Nomes dos investigados pela PF foram publicados no Diário Oficial do Estado
Por Redação 11/09/2019 - 09:08
Atualização: 11/09/2019 - 11:14

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Divulgação
Fraude envolvia transporte escolar
Fraude envolvia transporte escolar

Apesar de a Polícia Federal não ter divulgado os nomes dos investigados na Operação Casmurros, deflagrada na terça-feira, 10, o Diário Oficial do Estado (DOE) publicou a lista de servidores afastados da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Eles são suspeitos de desvio em recursos federais e fraudes em licitações. A quadrilha teria movimentado desvios de até R$ 21 milhões. 

No total foram sete servidores presos por agentes da PF, todos afastados de seus cargos por 30 dias. O único que não faz parte da Seduc é o diretor-presidente da Agência de Modernização da Gestão de Processos (Amgesp), Wagner Morais de Lima.

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O restante trabalhava na pasta de Educação: Tércio Alexandre da Silva, assessor especial do Conselho Estadual do Fundeb; Sérgio Paulo Caldas, secretário Executivo de Gestão Interna; José Queiroz de Oliveira, da Comissão Especial de Transporte Escolar (Cetre); José Enéas dos Santos, assessor técnico; George de Souza Paes Júnior, sub-chefe de Frotas; e Liliane Damasceno Rocha Pereira, chefe de Aquisição.

Ainda conforme o Diário Oficial, os afastados não terão prejuízo em sua remuneração.

A operação

De acordo com as investigações, que tiveram início em abril de 2019, após fiscalização da Controladoria Geral da União, a organização criminosa, mediante fraudes licitatórias, lograram contratos com a Secretaria de Educação do Estado de Alagoas para execução do Serviço de Transporte Escolar da rede Pública Estadual.

Os processos administrativos que antecederam contratos celebrados com as empresas que se revezaram entre os ano de 2017 e 2019, apresentam indícios de dispensa indevida de licitação, direcionamento da contratação, fraude e manipulação processual, sobrepreço, subcontratação irregular, pagamentos sem cobertura contratual e pagamentos sem documento hábil para liquidação e fraudes com superfaturamento na execução dos contratos, causando prejuízo estimado aos cofres públicos de R$ 8.515.467,60, podendo superar a R$ 21.000.000,00.

Treze pessoas foram detidas durante a ação, sendo sete servidores públicos.


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