CULTURA

Centenas de pessoas se reúnem em memória dos 81 anos da morte de Lampião

Por Agência Alagoas 30/07/2019 - 14:48

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Celebração da 22ª Missa do Cangaço na Grota de Angicos
Celebração da 22ª Missa do Cangaço na Grota de Angicos

Em 28 de julho de 1938, Virgulino Ferreira da Silva, o cangaceiro mais famoso do Brasil, sua companheira, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Déa ou Maria Bonita, e mais nove integrantes do bando, foram mortos em uma emboscada, na Grota de Angicos, em Poço Redondo, Sergipe. No último domingo, 28, 81 anos após o massacre, os descendentes diretos de Lampião e Maria Bonita celebraram a 22ª edição da Missa do Cangaço, com apresentações artísticas e culturais.

Todos os anos, nesta data, o local reúne centenas de pessoas, que buscam conhecer um pouco mais sobre as tradições de um momento histórico, que está enraizado na cultura popular do sertanejo nordestino. De acordo com uma das organizadoras do evento, Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita, os visitantes mais frequentes são professores, estudantes, pesquisadores e turistas de dentro e fora do país.


Aos 86 anos, sua mãe, Expedita Ferreira Nunes, única filha do casal, também comparecia rigorosamente à solenidade em homenagem aos pais, mas a saúde frágil impossibilitou sua presença no evento deste ano, que aconteceu no Monumento Natural Grota do Angico.

Esse evento é a confirmação de um trabalho feito com seriedade e comprometimento, que lança uma semente que vem germinando. São sementes culturais que a gente vai plantando e faz com que as pessoas procurem conhecer mais essa história que poucos sabem até hoje. Infelizmente”, afirmou Vera.

Pesquisadora do tema há 51 anos, a neta de Lampião produziu três livros, dois deles escritos em parceria com um dos maiores pesquisadores em Cangaço, Antonio Amaury. São eles: O Espinho do Quipá - Lampião, a História (1997); e De Virgulino a Lampião (1999). Já o livro Maria Bonita do Capitão, publicado em 2011, foi organizado com a designer gráfica e professora da Universidade Federal de Sergipe, Germana Gonçalves.

Vera também participa de feiras de livros, palestras e seminários nas escolas para fomentar a cultura cangaceira e a memória de Lampião na região. “Eu faço a minha parte, que é essa missão que eu tenho com relação aos meus avós e a história do Cangaço”, observa.


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