PACOTE
Sem prisão após condenação em 2º grau, impunidade prevalece
Instituto Não Aceito Corrupção defende proposta original de Sérgio MoroO desmembramento do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, em uma das primeiras discussões sobre as 10 medidas contra corrupção, gerou verdadeira temor quanto à perpetuação da impunidade no país. Isto porque, no último dia 9, um grupo de trabalho da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados retirou, por 7 votos a 6, a norma que prevê prisão em segunda instância do pacote.
Para Roberto Livianu, promotor de Justiça, doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e fundador do Instituto Não Aceito Corrupção, o pacote tem medidas extraordinariamente importantes, e uma das mais relevantes era a aplicação na lei da prisão após condenação em segundo grau.
Este primeiro passo do pacote na Câmara seria a regularização do entendimento já adotado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2016, que permite o início do cumprimento da pena a partir da condenação em segunda instância para que a condenação de um réu não iniciasse sua pena somente após o chamado trânsito em julgado - quando esgotadas as possibilidades de recursos pela defesa.
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