CONTRA REDUÇÃO SALARIAL

Greve dos jornalistas tem adesão de 90% dos profissionais em Alagoas

Por Tamara Albuquerque 25/06/2019 - 09:48
Atualização: 25/06/2019 - 09:58

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Profissionais da Gazeta Fm de Arapiraca também aderiram à greve
Profissionais da Gazeta Fm de Arapiraca também aderiram à greve

O balanço parcial da greve dos jornalistas de Alagoas, iniciada hoje pela manhã contra a proposta de redução em 40% do piso salarial, mostra que a adesão ao movimento está alta, mas ainda em crescimento. Na TV Pajuçara, por exemplo, a estimativa é de que 98% dos profissionais, em todas as funções, pararam as atividades. O cenário é semelhante em outras empresas, que estão preenchendo a programação com matérias antigas, produzidas há mais de um mês, como é o caso da TV Gazeta.

Nenhuma equipe externa de reportagem do Sistema Pajuçara saiu às ruas nesta manhã. As equipes internas, especialmente na produção, também cruzaram os braços para exigir uma negociação salarial decente.

O piso salarial dos jornalistas de Alagoas, hoje valendo R$ 3,6 mil, foi conquistado na luta, no embate, numa negociação dura sob uma legislação trabalhista arbitrária em plena ditadura militar, segundo os registros históricos da época.

Nos sites das empresas a situação é semelhante. A produção de matérias está escassa e os espaços estão sendo preenchidos com fatos que aconteceram no final da tarde de ontem, 24.

Em 1979, o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, sob a liderança de Dênis Agra e Freitas Neto, assinou na Delegacia Regional do Trabalho de Alagoas o primeiro Acordo Coletivo dos Jornalistas Profissionais do estado, retroativo a 1 de maio daquele ano. Essa conquista virou referência para outros estados e trabalhadores de outras profissões.

Os jornalistas em greve estão recebendo apoio de várias categorias de trabalhadores, que enxergam na proposta de redução salarial uma ameaça aos trabalhadores do País porque pode abrir um precedente muito grave.


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