MORO FALA À CCJ

Renan Calheiros encaminhará perguntas por escrito para ministro Moro

Por Redação 19/06/2019 - 14:16
Atualização: 19/06/2019 - 14:34

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Renan Calheiros interrompeu a audiência com Sergio Moro
Renan Calheiros interrompeu a audiência com Sergio Moro

O senador por Alagoas, Renan Calheiros (MDB), aproveitou a “visita imposta” do ministro da Justiça, Sérgio Moro, no Senado nesta quarta-feira, 19, para questionar o ex-juiz federal sobre a polêmica do vazamento das conversas, via aplicativo Telegram, que teve com o procurador da República Deltan Dallagnol. 

O teor da conversa estremeceu a política e o Judiciário brasileiro, já que o ex-magistrado estaria confabulando contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Moro participou da audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e respondeu os questionamentos de senadores quanto às denúncias de parcialidade nos julgamentos dos acusados da Lava Jato.

Renan disse ainda que não compete a ele julgar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, mas que as conversas vazadas entre o então juiz e o procuradores da Operação Lava Jato são "coisas graves".

No começo dos questionamentos, em nova ironia, Renan Calheiros interrompeu a audiência com Sergio Moro para sugerir que a deputada Joice Hasselmann, em pé no plenário, se sentasse junto aos senadores e ocupasse o lugar do Major Olímpio.

A comissão, presidida por Simone Tebet (MDB-MS), contou com picos de tensão, inclusive envolvendo o alagoano. Por diversas vezes, Calheiros interrompeu Moro durante palavra irritando, algumas vezes, a senadora, que dificultou a reeleição de Renan ao Senado no início do ano.

O senador insistiu em saber se ele havia homologado delações antes de 2013. Já o magistrado disse que antes da Lei Nº 12.850, de 2013, que tratou das organizações criminosas, existia a Lei Nº 9034, de 1995, que já previa a delação premiada. "Houve colaborações antes da lei das organizações criminosas", concluiu o ministro.

Entre as perguntas realizadas pelo alagoano, Renan questionou Moro quanto à sua imparcialidade em processos e disse que tinha elaborado 13 perguntas (inclusive fazendo piada sobre o número) para o ministro e sugeriu o encaminhamento por escrito para Moro, o que foi aceito por Simone Tebet.


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