Síndrome de burnout

Entenda do que se trata essa doença que tanto afeta as pessoas atualmente

Muito se houve falar sobre a Síndrome de burnout, mas pouco se sabe sobre ela. É importante estar atento e procurar ajuda, se necessário.
Por Globo e Anamt.org.br 14/06/2019 - 17:09
Atualização: 14/06/2019 - 17:17

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Síndrome de burnout
Síndrome de burnout

A Síndrome de burnout foi descrita em 1974 por Freudenberger sendo uma síndrome relacionada ao esgotamento profissional.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS), na sua reunião em Genebra para a Assembleia Mundial da organização, incluiu-a na Classificação Internacional de Doenças (CID-11). A classificação entrará em vigor no dia 1 de janeiro de 2022.

O problema tem se tornado cada vez mais comum e essa foi a primeira vez que o esgotamento profissional foi classificado pela OMS.

Isso acontece em um cenário onde cada vez mais pessoas sofrem com a Síndrome de burnout. Segundo estimativas da International Stress Management Association (Isma), cerca de 30% dos brasileiros ativos profissionalmente sofrem com o problema. Desse grupo, as mulheres acabam sendo as mais afetadas.

As consequências em 2010 foram um prejuízo de cerca de 4,5% do nosso PIB em decorrência da perda de produtividade causada pela doença.

Essa perda é decorrente de 94% dos doentes se sentiram incapacitados para trabalhar e 93% se sentirem exaustos.

O resultado tem sido um alto índice de afastamento do trabalho decorrente da Síndrome de burnout. No ano de 2016, a Previdência Social no Brasil registou 75,3 mil casos.

Entretanto, esse não é um problema exclusivo do Brasil, ele afeta profissionais do mundo todo e levar a um prejuízo anual mundial de cerca de US$ 1 trilhão.

O que é a Síndrome de burnout?

O Ministério da Saúde define a Síndrome de burnout como: “A Síndrome de Burnout é um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade, especialmente nas áreas de educação e saúde.”

Ela também é conhecida como síndrome do esgotamento profissional e atinge principalmente os profissionais que trabalham sob muita pressão, como policiais.

O problema costuma ser resultado de um estresse crônico, mas não deve ser confundida com o estresse, pois se trata de um caso mais avançado.

Os sintomas mais comuns são resultantes de um esgotamento mental e físico que se manifestam como: irritabilidade, afastamento, ausência no trabalho, dificuldade de concentração, pessimismo, depressão, lapsos de memória, insônia, dores de cabeça, dor no corpo, alterações de humor, fadiga, pressão alta e problemas intestinais.

O diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito por um profissional que atua com saúde mental, identificando o comportamento do paciente durante a análise clínica.

Como a falta de tempo é uma das queixas desses pacientes (que vivem sobrecarregados), através de uma consulta online, por exemplo, pode ser feita uma identificação prévia da doença, com o devido pedido de exames e tratamentos posteriores.

De acordo com a EuroClinix, a consulta online é um processo seguro, mas em alguns casos é recomendado procurar o médico presencial, que será devidamente orientado pelo médico. Sendo assim, é algo que torna-se prático para quem não tem tempo, nem acesso a uma consulta presencial. O importante, nesse caso, é fazer o diagnóstico o quanto antes.

A questão é que, muitas vezes, quem procura ajuda acaba negligenciando alguns sintomas e informações, o que torna a identificação da Síndrome de burnout mais demorada.

Os amigos e familiares podem ser de fundamental importância no diagnóstico, uma vez que podem complementar informações e orientar.

O paciente deve contar com a ajuda de pessoas próximas não apenas nesse momento, mas durante todo o tratamento.

O tratamento para a Síndrome de burnout

A média de duração costuma se de um a três meses, podendo esse ser prorrogado dependendo da gravidade.

Se houver necessidade, a pessoa que sofre com a Síndrome de burnout pode ser afastada do trabalho por orientação médica para que consiga se recuperar mais rápido.

Para que se possa curar o problema, o profissional deverá fazer mudanças em sua rotina e isso inclui a vida profissional e pessoal.

É preciso rever as condições de trabalho, adotar a prática regular de exercícios físicos, aliciar o estresse e evitar o uso de bebidas alcoólicas e drogas que podem agravar os problemas de ansiedade.

A Síndrome de burnout está cada vez mais afetando os profissionais e se esses não buscarem ajuda médica para o diagnóstico e tratamento podem desenvolver problemas mais graves de saúde.


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