BAIRROS AFUNDANDO

Tribunal de Justiça tentará resolver de forma "‘consensual’ caso Braskem

Tutmés Airan destacou que o processo é complexo e está apenas no começo
Por Redação com assessoria 10/06/2019 - 14:53

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Maria Eduarda Baltar
Tutmés Airan e líderes comunitários analisam mapa da região afetada
Tutmés Airan e líderes comunitários analisam mapa da região afetada

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ), Tutmés Airan, declarou nesta segunda-feira, 10, que tentará resolver de forma consensual o caso Braskem. A declaração foi feita durante reunião com com representantes de moradores dos bairros afetados por afundamentos e rachaduras em Maceió, na sede do TJ.

Os residentes e comerciantes locais continuam defendendo que é preciso bloquear R$ 6,7 bilhões da Braskem, apontada como causadora dos problemas, conforme laudo do Serviço Geológico do Brasil. O valor foi o estipulado em ação impetrada pelo Ministério Público de Alagoas e a Defensoria.

“O pleito central é o de bloqueio, para que eles possam acreditar que serão, se for caso, devidamente indenizados”, explicou Tutmés Airan. O desembargador afirmou que o pedido é razoável, tendo em vista que já há indicativo de evacuação de algumas áreas.

“A Braskem tem todo o direito de se defender. Mas nós estamos com um desafio enorme, que é perceber que, nesse caso, o tempo do devido processo legal, é incompatível com o tempo real, o tempo do conflito. É esse o nosso maior desafio enquanto instituição. Seja como for, estamos atentos e vamos fazer o possível para resolver esse conflito de forma consensual”.

Na reunião, os moradores relataram o drama vivido pelas pessoas da região e pediram respostas rápidas. “A gente só espera que o Judiciário venha a ter uma celeridade. Não aguentamos mais estar aguardando (novos mapas)", disse o presidente da Associação dos Moradores do Mutange, Arnaldo Manuel.


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