'COM URGÊNCIA'

Braskem quer apressar julgamento das ações contra empresa no TJ

Por Redação com Blog do Ricardo Mota 06/05/2019 - 14:28
Atualização: 06/05/2019 - 15:21

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Divulgação
Presidente do Tribunal de Justiça, Tutmés Airan
Presidente do Tribunal de Justiça, Tutmés Airan

A Braskem, principal suspeita das causas do afundamento no bairro do Pinheiro, Bebedouro e Mutange, encaminhou com “urgência”, pedido ao presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Tutmés Airan, que faça a redistribuição da ação envolvendo a empresa. Atualmente o processo está nas mãos do desembargador Alcides Gusmão, na 3ª Câmara Cível.

Segundo divulgado pelo jornalista Ricardo Mota, em seu blog, o argumento é o de que o magistrado, que determinou a proibição na distribuição de R$ 2,7 bilhões dos lucros empresa com os acionistas, está em férias, só retornando no final do mês.

Ainda de acordo com o blog, os advogados da Braskem afirmam que existe pressa no julgamento do novo pedido apresentado por eles, o que só será possível com a redistribuição do processo. Enquanto isso, os acionistas estariam tendo prejuízo.

Os outros dois desembargadores da 3ª Câmara Cível são Celyrio Adamastor e Domingos Lima Junior. Como forma de "compensar" o desbloqueio do lucro dos acionistas, a Braskem está oferecendo uma apólice de seguro no valor de R$ 2,7 bilhões, em troca da decisão do desembargador Alcides Gusmão.

Laudo da Braskem

Durante a manhã desta segunda-feira, 6, representantes da Braskem se reuniram no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) para apresentar um relatório sobre os possíveis motivos das rachaduras.

O laudo oficial sobre o caso será divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão do governo federal, na quarta-feira, 8. Segundo o engenheiro da mineradora, Rogério Bonfim, a falta de drenagem adequada aliada às falhas tectônicas teria causado as rachaduras e o afundamento da região. 

“O problema mais recorrente identificado em mais de 160 pontos é que não há continuidade de manilhas. Não há rejunte interno e externo e o que temos percebido é isso. Estamos falando de afastamento [de manilhas] de até 2 polegadas. Além disto, buracos e rompimentos foram encontrados nas tubulações”, explicou. 

Conforme o advogado da Braskem, Bruno Maia, "mais importante do que fazer uma drenagem seria consertar a tubulação que leva água para a lagoa o mais rápido possível. A empresa acertou com a prefeitura que iria assumir esse trabalho. Essa tubulação será doada para o município", destacou.


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