BAIRROS AFUNDANDO

Caso Pinheiro: moradores cobram celeridade nas demandas judiciais

Por Bruno Fernandes com TJ 25/04/2019 - 13:33
Atualização: 25/04/2019 - 14:54

ACESSIBILIDADE

Caio Loureiro
Vice-presidente Sebastião Costa dialoga com moradores dos bairros atingidos
Vice-presidente Sebastião Costa dialoga com moradores dos bairros atingidos

O vice-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Sebastião Costa Filho, recebeu representantes dos moradores do Pinheiro e demais bairros atingidos por rachaduras em Maceió, na manhã quinta-feira. 25. Também participaram da reunião o Ministério Público (MP/AL) e a Defensoria Pública de Alagoas.

Os moradores foram ao Tribunal pedir isenção e celeridade nas demandas judiciais referentes ao caso. Na oportunidade, também entregaram ao MP assinaturas de milhares de moradores, para serem usadas em processos.

“O que eu coloquei é que o presidente Tutmés Airan tem se mostrado preocupado, é uma pessoa que tem o maior interesse do mundo para que a situação seja resolvida, e tem trabalhado diuturnamente para que se chegue a um denominador comum”, garantiu Sebastião Costa.

O caso do Pinheiro e bairros adjacentes é hoje a maior prioridade do Ministério Público, de acordo com o promotor José Antônio Malta Marques. “Os senhores são testemunhas do nosso trabalho, nossa dedicação. Doutor Alfredo [Gaspar, procurador-geral do MP] nomeou uma força-tarefa de cinco promotores. Essa causa sensibiliza todos”, disse.

Estiveram presentes ainda os defensores públicos Carlos Eduardo Monteiro e Fernando Rebouças, e a presidente da Federação das Associações e Entidades Comunitárias de Alagoas (Famecal), Siverônia Galdino do Nascimento.

Protesto

Na manhã desta quinta-feira, 25, manifestantes se reuniram na Praça do Centenário para chamar a atenção da sociedade e fazer com que a Justiça de Alagoas reavalie o bloqueio de solicitado pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público do Estado (MPE/AL) na ordem de R$ 6,7 bilhões da mineradora Braskem.

Primeiramente, o pedido foi negado pela Poder Judiciário que bloqueou apenas R$ 100 milhões da empresa. Em outra decisão, o Judiciário proibiu a divisão de R$ 2 bilhões de lucros entre os acionistas da mineradora.Para moradores, o valor é irrisório e muito pouco para os que residem e comercializam no bairro.

Também solicitam a divulgação de um laudo transparente e acreditam que o material feito pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) pode ter um cunho político.


Encontrou algum erro? Entre em contato