Casos de tuberculose aumentam quase 9% em Alagoas

Durante três anos consecutivos, Alagoas registrou aumento nos casos de tuberculose, doença perigosa pela sua elevada capacidade de infectar os pulmões, além de outras partes do corpo humano, entre elas, ossos e sistema nervoso.

Em 2016, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Alagoas teve 1.092 casos da doença. Já em 2017, o número chegou a 1.106 ocorrências. 

O aumento também foi registrado no ano passado, 2018, quando 1.186 pessoas foram infectadas pelo bacilo de Koch. Nesses três anos, o aumento da tuberculose, em Alagoas, atingiu os 8.6%.

E de janeiro a março de 2019, a Sesau já contabilizou 227 casos da doença. De acordo com especialistas, 10% das pessoas infectadas pela tuberculose vão desenvolver a forma ativa e contagiosa da enfermidade em algum momento da vida. 

A transmissão ocorre de forma direta, ou seja, de um doente ao outro, principalmente pela via respiratória, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir. 

A estimativa é que, em um ano, um indivíduo infectado pode contaminar, em média, de 10 a 15 pessoas. A tuberculose tem como sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito.

A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no SUS (nas unidades básicas de saúde e maternidades). 

A vacina protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea, e deve ser dada ao nascer, ou, no máximo, antes de completarem 5 anos de idade (até 4 anos, 11 meses e 29 dias).

Brasil

Anualmente, mais de 70 mil pessoas são diagnosticadas com tuberculose no Brasil, cerca de 4,5 mil desses casos acabam em óbito. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2017 foram 73,2 mil infecções, uma média de mais de 200 por dia.