BAIRROS AFUNDANDO

Governo federal ainda não reconheceu decreto de calamidade, diz Defesa Civil

Decreto abrange os bairros do Bebedouro, Pinheiro e Mutange
Por Bruno Fernandes 09/04/2019 - 12:30
Atualização: 09/04/2019 - 15:20

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Foto: Reprodução/TV Senado
Apresentação do Serviço Geológico do Brasil sobre bairros de Maceió
Apresentação do Serviço Geológico do Brasil sobre bairros de Maceió

Passados 14 dias, a Prefeitura de Maceió ainda aguarda a homologação por parte do governo federal do decreto de calamidade publicado no Diário Oficial do Município (DOM) no final do mês de março. O decreto, do dia 26, abrange os bairros do Mutange, Bebedouro e Pinheiro, que sofrem com afundamento do solo.

Segundo o coordenador Geral de Ações e Contingência da Defesa Civil Municipal, Arthur Rodas, o decreto ainda encontra-se em análise e não tem previsão para ser homologado.

"Como se trata de outra esfera, não dá para falarmos quando será aceito. O que podemos fazer é acompanhar pelo Diário Oficial da União e esperar", relatou em entrevista ao EXTRA.

O decreto beneficiará o município com liberação de mais recursos para mais cadastros no aluguel-social e outras atividades desempenhadas nos bairros. 

O estado de calamidade foi decretado porque os estudos geológicos realizados pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) “denotam um processo evolutivo de subsidência". "E em decorrência destes eventos e da evolução das fissuras, diversos danos progressivos estão ocorrendo em imóveis, muitos já sendo objetos de evacuação por intervenção preventiva da Defesa Civil Municipal", informou a publicação do DOM.

Embora o problema também afete o Mutange e o Bebedouro, a situação mais crítica é do Pinheiro, de onde centenas de famílias tiveram que deixar suas moradias por causa dos riscos de desabamento.

Mais da metade das famílias que morava em 777 imóveis localizados nas áreas de risco já deixou suas casas.


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