MENTES BRILHANTES

Startup nordestina quer garantir água potável para todo o semiárido

O grupo é o primeiro formado por mulheres do Nordeste a concorrer a prêmio em Harvard
Por Sofia Sepreny 01/04/2019 - 11:42
Atualização: 01/04/2019 - 11:52

ACESSIBILIDADE

Anna Luiza Beserra
Projeto já chegou em Alagoas
Projeto já chegou em Alagoas

Tentando mudar a realidade de muitas famílias do semiárido brasileiro, um grupo de estudantes criou um método para purificar água tornando-a potável e própria para o consumo humano. Com este projeto, será o primeiro grupo de mulheres do Nordeste a participar do Brazil Conference 2019, em Harvard, nos Estados Unidos.


A startup Safe Drinking Water For All (SDW) criada por Anna Luísa Beserra, 21, uma estudante baiana recém formada em Biotecnologia, tem o ideal de desenvolver novas tecnologias hídricas que possam mudar a vida das pessoas. Segundo ela, a SDW tem o propósito de ajudar a resolver um dos maiores problemas de acesso à água potável que afeta a região do semiárido brasileiro, buscando maneiras de tornar a água disponibilizada em cisternas da zona rural em potável.


O projeto denominado Aqualuz é um método de purificar a água através de painéis solares instalados nas cisternas. O sistema desenvolvido consiste na filtragem baseado em luz solar, em reservatórios de 15 litros. O processo demora cerca de duas horas para ser concluído. “Hoje, temos dez unidades em funcionamento desse dispositivo que possibilita desinfetar água por meio da radiação solar. Estamos ampliando e queremos expandir mais, possibilitando dar água tratada de modo rápido, eficiente e barato, sobretudo para as populações do semiárido”, afirma a universitária.


Segundo Ana Luiza, no Brasil mais de 14 milhões de pessoas vivem no semiárido com problema de acesso à água potável, e geralmente a principal solução para o tratamento é através do filtro de barro. “Porém, tanto o filtro de barro quanto a cloração e a fervura da água não consideram os aspectos sociais da família para manter a tecnologia, o que termina tornando inviável o seu funcionamento a longo prazo”, explica.


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