MANIFESTO

Policiais federais entram em estado de greve por reajuste salarial

Por com assessoria 22/10/2016 - 10:29

ACESSIBILIDADE

(Crédito: Divulgação)
(Crédito: Divulgação)

A Federação Nacional dos Policiais Federais e os 27 Sindicatos estaduais de Policiais Federais decidiram na tarde desta sexta-feira (21) decretar estado de greve da categoria a partir da zero hora da próxima segunda-feira (24) e convocar assembleias estaduais a partir de quarta-feira (26) para deflagrar greve nacional por tempo indeterminado, caso o Governo Temer descumpra o acordo firmado com a categoria e o PL 5865/16 não seja votado e aprovado na Câmara, até a próxima terça-feira (25), data considerada limite para que a lei possa ser sancionada antes da aprovação da PEC 241.

De acordo com o Presidente do SSDPFRJ Luiz Carlos Cavalcante a paciência da categoria chegou ao fim com o Governo Federal. “Se esse reajuste, que já foi considerado pífio e que não repõe nem as perdas inflacionárias dos últimos cinco anos, não for votado e aprovado na Câmara até a próxima terça-feira (25) teremos certeza que nossa categoria está sendo vítima de vergonhosa retaliação da parte deste governo por conta das ações anticorrupção que atingem em cheio diversas figuras ligadas direta ou indiretamente ao partido do Governo e sua base aliada no Congresso.”

Segundo representantes dos policiais federais, o salário de Agentes, Escrivães e Papiloscopistas da PF já são considerados o pior entre as carreiras típicas de estado, e o projeto de lei que contempla o reajuste da categoria tem sido alvo de evidentes manobras protelatórias por parte do governo federal. O estopim, segundo os federais teria sido um estranho pedido de vista feito pelo desconhecido deputado do PMDB gaúcho Mauro Pereira que impediu a votação e aprovação do reajuste na última terça-feira (19), além do relator escolhido pelo Governo, Deputado Laerte Bessa (DF) estar tentando tumultuar e atrasar a aprovação do reajuste ao incluir a Polícia Civil de Brasília/DF no projeto, algo incabível do ponto de vista legal.

Sindicalistas ligados à PF afirmam que uma vez deflagrada Greve por tempo indeterminado, será mantido apenas o efetivo mínimo necessário (30%) para não parar as operações anticorrupção, e os demais serviços serão todos paralisados, e serão realizadas manifestações públicas que pretendem responsabilizar o Presidente Michel Temer pelo descumprimento do acordo.


Encontrou algum erro? Entre em contato