Operação Métis

Polícia Legislativa teria feito varredura anti-grampo em residência de Collor

Por FolhaPress 21/10/2016 - 11:41

ACESSIBILIDADE

(Crédito: Divulgação)
(Crédito: Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (21), a Operação Métis, que visa desarticular uma suposta organização criminosa que tentava atrapalhar investigações da Lava Jato. Houve busca e apreensão nas dependências da Polícia Legislativa, no subsolo do prédio do Senado. Quatro policias legislativos foram presos: Pedro Ricardo Carvalho, diretor da polícia do Senado, Geraldo Cesar de Deus Oliveira, Everton Taborda e Antonio Tavares.

A reportagem apurou que a investigação nasceu a partir de informações fornecidas à PF, no âmbito do STF, por um policial legislativo. Ele contou que estavam sendo feitas varreduras eletrônicas anti-grampo telefônico em endereços fora do Senado. Pelas normas da Casa, as varreduras podem ser feitas nas dependências do Senado.

O aparelho da Polícia Legislativa teria sido usado em seis imóveis ligados a dois senadores e dois ex-senadores: Fernando Collor (PTC-AL), Lobão Filho (PMDB-MA), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e José Sarney (PMDB-MA). Ainda não está claro se os senadores souberam, pediram ou autorizaram as varreduras.

Conforme informações preliminares, nenhum gabinete de senador foi alvo da ação nesta manhã. A Polícia Federal desmentiu que agentes teriam entrado no gabinete ou na casa do senador Fernando Collor (PTC). A investigação começou sob os cuidados do ministro do STF Teori Zavascki e uma parte da apuração foi enviada ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no Distrito Federal), porque se referia a pessoas sem foro privilegiado.

COLLOR

O senador Fernando Collor disse em nota que "não tem conhecimento acerca dos fatos narrados na manhã de hoje e nega que tenha se beneficiado de qualquer ação da Polícia Legislativa do Senado Federal que seja estranha às suas funções institucionais".


Encontrou algum erro? Entre em contato