Aedes aegypti: Estado decreta situação de emergência

Por Agência Alagoas 10/12/2015 - 18:58

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O governador Renan Filho confirma a decretação de situação de emergência em Alagoas para facilitar o combate ao mosquito Aedes aegypti, principal transmissor do vírus da dengue, febre chikungunya e zika Vírus, o último causador de casos de microcefalia. A publicação em Diário Oficial do Estado está confirmada para a edição desta sexta-feira, 11.

O decreto, segundo Renan Filho, vai facilitar os municípios a combater o mosquito e permitir ao Estado promover contratação de pessoas para barrar o avanço destas doenças provocadas pelo Aedes aegypti.

O governador conclama a imprensa para informar o cidadão alagoano a respeito dos riscos das doenças, como também as maneiras de se livrar das larvas do mosquito, não permitindo o acúmulo de água parada, em hipótese alguma.

“É muito importante que todos possam divulgar, sobretudo nas cidades com mais riscos de desenvolver as doenças e serem infectadas pelo zika vírus, dengue e chikungunya. Nós vamos colocar carros de som nas ruas, informas as mães, informar as famílias, por que é a informação é a principal forma dela se precaver, pois ela combate o foco na sua casa. Combatendo o foco na sua casa, vai melhorar a rua, a cidade e por consequência, o Estado”, justificou Renan Filho.

Apesar de Alagoas ainda dispor de um número de casos menor do que os demais estados nordestinos, crescem todos os dias casos suspeitos. Renan Filho não descarta a convocação do Exército Brasileiro para robustecer fileiras contra os focos de proliferação. "É um estágio além, assim como ocorreu em outros estados", salientou o governador.

Plano

Quando se trata do mosquito Aedes aegypt o alerta é máximo. A secretária de Estado de Saúde, Rozangela Wyszomirska, confirmou, na tarde desta quinta-feira (10), que o plano de ações no combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus está sendo intensificado com a participação dos municípios e que toda a sociedade está convocada a entrar na guerra para eliminar o vetor.

A preocupação aumentou nos últimos dias, com o surgimento de novos casos de microcefalia. As atividades estão ocorrendo em parceria com os municípios alagoanos, que também estão em alerta. Em janeiro deste ano, após o registro de casos de zika, a Sesau reforçou suas ações com a finalidade de combater o mosquito, com equipes indo às cidades da região sertaneja para orientar os profissionais de saúde, principalmente os que atuam no campo.

No segundo semestre, a partir do registro dos casos de microcefalia, principalmente nos estados nordestinos, o Ministério da Saúde alertou para a gravidade da doença, que tem sintomas parecidos com a dengue.

O agravamento do número de casos, de acordo com a secretaria de Saúde, requer a participação não só dos gestores públicos, mas de toda sociedade, para eliminar os criadouros do mosquito. A Sesau tem mobilizado todos os segmentos, como os profissionais de saúde, os prefeitos dos 102 municípios alagoanos e o Ministério Público Estadual, para auxiliar nas questões jurídicas.

A Sesau enviou ofício com várias recomendações aos municípios, para que sejam executadas, entre elas ações como a manutenção da regularidade no combate ao vetor, com agentes indo a campo e garantindo um número adequado desses profissionais, com carga horária de oito horas diárias. E, ainda, assegurar os Equipamentos de Proteção Individual.

Ainda de acordo com a orientação da Secretaria de Saúde, é preciso reforçar a limpeza urbana em terrenos baldios, praças e lixões, como também a regularização da coleta do lixo e a organização da rede de assistência à saúde do município. A Sesau também vem contribuindo com ações a partir do uso do carro fumacê em cidades que estão em situação epidêmica e realizando capacitações com a participação de médicos, enfermeiros e agentes de combates a endemias.

De acordo com a secretária Rozangela Wyszomirska, os agentes comunitários terão a função de orientar a população a eliminar os criadouros do mosquito. A participação da comunidade é fundamental, porque muitos, apesar de serem orientados, continuam com algumas práticas que contribuem para o desenvolvimento das larvas.

A partir do decreto de estado de emergência, os passos do plano de ação serão reforçados dentro das metas estabelecidas no combate ao vetor. A Sesau, segundo a secretária, continua com a responsabilidade de coordenar todas as ações relativas a questões da microcefalia. Fica autorizada, também, a adotar medidas administrativas necessárias para o combate imediato da situação, o que, na prática, já vem sendo feito com a participação dos municípios.

Com o decreto de estado de emergência o Governo de Alagoas tem maior liberdade para acessar crédito, para usar em medicamentos, equipamentos e contratação temporária que venham ajudar no combate aos focos de mosquitos sem precisar passar por licitação.


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