DENÚNCIA

Jovem supostamente agredido por PMs presta queixa na Corregedoria

Por 01/07/2015 - 10:42

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Jovem supostamente agredido por PMs presta queixa na Corregedoria

Após ter publicado em sua página pessoal no Facebook uma suposta agressão sofrida por militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o estudante de direito Fabio Moura esteve na Ouvidoria da Corregedoria da Polícia Militar, nesta terça-feira (30), para formalizar a denúncia contra os policiais.

O jovem alega ter sido vítima de agressão física, truculência policial e abuso de poder. "As marcas no rosto vão sair, mas isso vai ficar marcado em mim para sempre. Foi uma tortura. Apanhei por ter falado os meus direitos como cidadão. É algo injustificável. Não merecia apanhar daquela forma".

Além de narrar o caso para a escrivã da Ouvidoria, Moura apresentou o Boletim de Ocorrência e a solicitação de exame de corpo de delito, cujo resultado deve sair em até 20 dias.

O estudante informou ainda que vai se dirigir à Secretaria de Estado da Defesa Social e Ressocialização (Sedres) para solicitar as imagens de câmeras de segurança do local onde o caso aconteceu.

Moura falou também que vai procurar a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas (OAB-AL) e o Ministério Público Estadual (MP-AL) para garantir que o caso não fique impune.

“Fui agredido por dois militares e isso não pode ficar assim”, afirma Fabio Moura.

O ouvidor-geral, coronel Jordanio, informou que depois de ouvido, o processo será analisado e um oficial designado para apurar o caso.

“No nosso regulamento, como punição cabe advertência e até prisão administrativa, mas isso só vamos saber ao fim da apuração”, afirma o coronel Jordanio.

Sobre o relato do estudante de que os policiais que o abordaram estavam com a identificação na farda coberta por uma faixa preta, o coronel afirma que mesmo sem a identificação é possível identificar os responsáveis. Seja por reconhecimento através da escala de trabalho dos policiais, com o reconhecimento da vítima e também por testemunhas.

Em sua página pessoal no Facebook, o estudante conta que, durante a madrugada de domingo (28), foi agredido pelos militares porque ele estava encostado em um carro a serviço do Bope, enquanto esperava por familiares e amigos que estavam na festa com ele.

Fonte: G1


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