VELHO CHICO

Vazão no São Francisco é reduzida a nível crítico para garantir energia

Por 30/06/2015 - 10:49

ACESSIBILIDADE

Vazão no São Francisco é reduzida a nível crítico para garantir energia

Uma resolução da Agência Nacional de Águas (ANA), publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (30), reduz de 1.300m³/s para 900m³/s a vazão de água nos reservatórios de Sobradinho e Xingó, no Rio São Francisco. A medida, adotada para evitar que a geração de energia elétrica fique inviabilizada, já vinha sendo praticada diante da estiagem dos últimos anos, prejudicando outras atividades que dependem do Velho Chico, como o abastecimento de água e a navegação.

De acordo com o assessor da presidência da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Jorge Briseno, a vazão no São Francisco vem sendo reduzida, gradativamente, há dois anos, causando prejuízos para a companhia, que precisa investir mais e buscar alternativas que possam garantir que a água chegue às torneiras dos moradores da região.

Segundo ele, há dois anos, a vazão foi reduzida de 1.300m³ para 1.100m³/s. Depois, passou para 1.000m³/s. Agora, a redução foi ainda maior e a vazão passará a ser de 900m³/s.

 “Essa situação já vem afetando o trabalho da Casal há muito tempo. Temos várias captações ao longo do São Francisco e vários sistemas de captação de água para irrigação. As empresas que trabalham com lazer também são afetadas, já que os bancos de areia se formam e impedem as navegações. Por conta dos problemas ocasionados pela redução da vazão, temos que fazer intervenções para manter a água chegando às casas. Os gastos com essas adequações já ultrapassam a quantia de R$ 1 milhão”, afirma Jorge Briseno.

De acordo com ele, a Agência Nacional de Águas esquece que o rio deve ser administrado para usos múltiplos e não priorizando apenas a questão da geração de energia elétrica. “Isso não está sendo levado em conta. A prioridade é somente a energia”, diz.

Com a diminuição da vazão, fica maior o volume de água nos reservatórios, evitando que ele chegue ao volume zero, que é o ponto mínimo que permite geração de energia.

Fonte: GazetaWeb


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