PROTESTO

Movimentos sindicais protestam em AL contra medidas do governo

Por 29/05/2015 - 09:31

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Movimentos sindicais protestam em AL contra medidas do governo

Integrantes sindicais da Central Única de Trabalhadores (CUT) protestam, na manhã desta sexta-feira (28), em apoio ao Dia de Paralisação Nacional. O movimento iniciou às 7h na Avenida João Davino e segue pela Av. Dona Constança, no bairro de Mangabeiras, em Maceió.

Segundo os manifestantes, há cerca de 300 pessoas no protesto. A Polícia Militar (PM) não está no local e não estima a quantidade de manifestantes. Eles são contra a terceirização, as Medidas Provisórias 664 e 665, que criam novos critérios de acesso ao seguro-desemprego e à pensão por morte, além dos ajustes fiscais. O movimento ocupa uma das faixas da avenida e quando os carros param nos semáforos, eles distribuem panfletos para os motoristas.

Esta é a quinta mobilização nacional comandada pela Central em 2015. De acordo com a presidente da CUT, Amélia Fernandes, eles estão lutando em defesa da classe trabalhadora. "Hoje é dia nacional de manifestação. Nós lutamos em defesa da classe trabalhadora e contra a redução dos nossos direitos. Somos contra a terceirização, a precarização do trabalho e contra o ajuste fiscal", disse.

Devido ao apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro) ao ato nacional, os ônibus ficaram sem circular em Maceió no início da manhã desta sexta-feira.

Diversos sindicatos estão apoiando o movimento. A secretária do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Arlete Bezerra, afirma que a categoria, que está em greve desde o último dia 22, também é contra as medidas do governo.

"Nós estamos em greve porque a nova gestão não cumpriu o que já havia sido acordado. Até hoje o governador ainda não abriu nenhuma mesa de negociação. Por isso, estamos em greve por tempo indeterminado", declarou. Essa também é a reinvindicação do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), de acordo com a representante Célia Capistrano.

A reportagem do G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do Governo do Estado que informou que há uma mesa de negociação permanente com as categorias de trabalhadores e que as reinvindicações de cada uma delas estão sendo avaliadas gradativamente.

O Sindicato dos Bancários de Alagoas é contra a terceirização dos serviços nas empresas. "É um retrocesso. O que conquistamos em 100 anos o governo quer acabar assim. Os bancários vão perder e muito se a terceirização ocorrer", disse o presidente do sindicado, Jairo França.

"Estamos aqui para lutar pelos nossos direitos. Somos contra a precarização do trabalho", afirmou o presidente do conselho fiscal do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Manoel Benedito Gomes.

Professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que entraram em greve na quinta-feira (28), também participam do movimento. "Os professores apoiam os trabalhadores. Nós estamos em greve porque estamos perdendo nossos direitos. Estamos há vários anos com uma mesa de negociações, mas nenhuma das nossas pautas foram atendidas", afirma a professora Joelma Albuquerque.

"Somos contra a precarização dos direitos trabalhistas", disse a representante do Sindicato dos Jornalistas, Emanuelle Vanderlei.

Fonte: G1


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