DOSSIÊ

Dossiê mostra Alagoas com quase 80 mil funcionários terceirizados

Por 24/04/2015 - 11:18

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Mais de 15,5% dos trabalhadores formais que atuam em Alagoas estavam sob o regime de terceirização em 2013, conforme dados do dossiê "Terceirização e Desenvolvimento – uma conta que não fecha", divulgado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Esse percentual representa um total de 78.197 trabalhadores, de um universo de quase 500 mil.

De acordo com o levantamento, em todo o Nordeste, o percentual de trabalhadores terceirizados foi de 24,7% em 2013. No Brasil, era de 26,8%, o que representa um total de 12,7 milhões de assalariados. O número de contratados era de 34,7 milhões, equivalente a 73,2%.

O dossiê ainda constata que a remuneração e o tempo de emprego dos terceirizados no país é menor, quando comparado com os trabalhadores contratados. Em 2013, a remuneração média dos contratados foi de R$ 2.361,15, enquanto os prestadores de serviço recebiam uma média de R$ 1.776,78, uma diferença salarial de 24,7%. A média de tempo de permanência no emprego também variou, sendo de 2,7 anos para os terceirizados e de 5,8 anos para os contratados.

Em contrapartida, a jornada de trabalho semanal foi maior para os prestadores de serviço, com uma média de 43 horas. Entre os contratados, esse tempo foi de 40 horas.

Não é verdade que a terceirização gera emprego. Esses empregos teriam que existir para a produção e realização dos serviços necessários à grande empresa. A empresa terceira gera trabalho precário e, pior, com jornadas maiores e ritmo de trabalho exaustivo, o que acaba, na verdade, por reduzir o número de postos de trabalho”, diz um trecho do dossiê.

O Dossiê Terceirização e Desenvolvimento: uma conta que não fecha foi preparado pela CUT, sob a coordenação da Secretaria Nacional de Relações de Trabalho (SRT/CUT) e com a participação do Dieese.

 

Fonte: Gazeta Web


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