Diretores investigados por desvio de verba da merenda continuam exercendo atividades

Depois de serem presos e passarem 15 dias cumprindo prisão preventiva, os diretores escolares apontados como envolvidos no esquema que desviou R$ 4 milhões de verbas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) continuam exercendo suas funções nas escolas normalmente. A Secretaria Estadual de Educação alega que ainda não afastou os gestores por não ter sido oficialmente notificada pela Polícia Federal (PF).

Questionada pelo Cada Minuto sobre a situação dos diretores escolares que foram citados no esquema, a SEE disse por meio de sua assessoria de comunicação que ainda não foi notificada sobre o caso. A Secretaria disse também que depende dessa oficialização para abrir procedimento administrativo para investigar as pessoas citadas e só daí decidir pelo afastamento de suas atividades ou não. Enquanto a notificação não acontece, eles continuam em seus cargos exercendo suas funções.

Quinze pessoas são alvo de investigação da Polícia Federal acusadas de desviar verba destinada à merenda escolar de escolas estaduais de Alagoas. Durante as investigações, que culminaram com a Operação Farnel, diretores de 21 escolas são acusados de além do desvio de verba, receberem 10% de propina das empresas envolvidas para manter o esquema dentro das unidades educacionais. O levantamento de dados pela PF e auditores da Controladoria Geral da União (CGU) teve início em 2010.

A operação foi deflagrada no dia 11 deste mês nas cidades de Maceió, Cajueiro, Atalaia, Joaquim Gomes, Pilar e Rio Largo.  Após cumprirem os 15 dias de prisão preventiva, 15 pessoas investigadas ganharam liberdade. O delegado Adriano Moreira, que preside as investigações sobre o desvio, explicou que a soltura ocorreu porque a Polícia Federal não pediu a prorrogação das prisões.

Fonte: Portal Cada Minuto