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Estado admite não ter local seguro para internar menores infratores

Por 17/12/2014 - 08:42

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Os problemas na Unidade de Internação Masculina (UIM) de Maceió estão longe de acabar. Há superlotação, reformas inacabadas e registro de fugas e motins. O Secretário de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), coronel Carlos Luna, deu entrevista ao AL TV e assumiu que Alagoas não possui um local seguro para acolher os adolescentes infratores.

O juiz Ney Alcântara, da 1ª Vara Criminal da Infância e da Juventude, determinou a interdição da Unidade de Interdição de Jovens Adultos (UIJA), localizada em uma ala da Unidade de Internação Masculina (UIM), no Tabuleiro do Martins, desde que o local original foi interditado também após decisão da Justiça.  A determinação, que era para ser cumprida no dia seguinte ainda não foi feita.

Segundo Carlos Luna, a situação é muito delicada e o órgão está trabalhando em parceria com o Juizado da Infância e Juventude e o Ministério Público para buscar melhores caminhos com o intuito de sanar os problemas.

“O estado está fazendo reforma nas quatro unidades, mas o processo é lento e dura cerca de quatro meses. Estamos procurando alternativas como de transferir alguns adolescentes para outras unidades existentes, mas alguns ainda devem permanecer na UIJA, uma vez que alguns adolescentes não podem ficar junto com outros em função do comportamento. A nossa intenção é garantir a segurança de todos, mas infelizmente o estado não dispõe de uma estrutura capaz disso”, disse o secretário.

Um outro problema ainda recorrente e o de superlotação, já que a unidade só comporta 20 adolescentes e hoje abriga sete pessoas a mais do limite. A superlotação continua nas unidades até que seja concluída a reforma, a adequação e ampliação das unidades existentes. É um risco diário para esses adolescentes, não só pela lotação como as relações entre essas pessoas. Tem que ser feita uma triagem, uma adequação porque tem adolescentes que não podem conviver juntos. Daí no momento que se interdita uma unidade, esse problema se agrava”.

 

Fonte: Portal G1 AL


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