POLÍTICA

Reforma política é debatida na Câmara de Maceió

Por 11/12/2014 - 09:45

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Reforma política é debatida na Câmara de Maceió

Movimentos populares, frentes sindicais, políticos e acadêmicos estiveram presentes no plenário da Câmara de Maceió na manhã de ontem (10), para debater Reforma Política no Brasil. Proposta pelo vereador Cleber Costa (foto) (PT), serviu para o Legislativo municipal convocar a população para que fossem esclarecidas as mudanças que irão ocorrer no país, especialmente com relação à legislação eleitoral, caso seja estabelecida.

A audiência pública partiu após o vereador ser procurado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para levar o tema à Câmara, tendo em vista sua relevância e muitas dúvidas existentes sobre a reforma. “Nós parlamentares nos sentimos honrados quando a sociedade nos provoca e traz discussões como essas que também nos ajudam a conduzir a nossa atividade enquanto representantes”, agradeceu Cleber ao presidir o debate.

Nos discursos dos representantes dos movimentos populares e de sindicatos – em sua maioria favorável à Reforma – foram levantadas críticas ao financiamento de campanhas por empresas privadas, fim das eleições proporcionais no Legislativo e luta pela democratização da mídia, pontos que serão considerados caso a reforma aconteça.

Outro ponto que representou o discurso dos movimentos sociais foi o processo eleitoral como instrumento de participação popular. “Temos que dar lugar em nosso Congresso às camadas mais pobres, às mulheres, aos negros e demais minorias pouco representadas em um parlamento onde se predomina a elite. É preciso ampliar a mobilização para que a o desejo por uma nova Constituinte chegue a mais pessoas”, aponta a presidente da CUT, Amélia Fernandes.

Sob um viés contrário à Constituinte, o advogado e professor universitário Gustavo Ferreira teceu seus argumentos. “A sociedade brasileira não possui hábito e não amadureceu historicamente para participar de um plebiscito, pois foram realizados muito poucos. Ainda é necessário promover o amplo debate, pois a reforma política é boa para o processo eleitoral, mas ainda devem ser questionadas tais mudanças na Constituição”, avalia.

Ao final da audiência, Cleber Costa defendeu que o debate é feito sob diversas óticas. “A opinião pública deve ser plural e a discussão promove e garante democraticamente o nosso desejo por mudanças. Foi interessante ver que a vontade popular foi preponderante por meio dos movimentos aqui presentes, como também as considerações trazidas por Gustavo deixam a população mais preparada sobre o que ela tem que enfrentar em um processo eleitoral”, explica o parlamentar.

Estiveram também presentes na audiência o deputado estadual Judson Cabral (PT), o vereador Silvio Camelo (PV), o professor Luiz Gomes, Edna Nobre, da Marcha Mundial das Mulheres, além de representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Sindicato dos Bancários de Alagoas, Juventude Revolução, Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) e Sindicato dos Urbanitários.

 

 

 

Fonte: Tribuna Hoje


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