Vereador sofre atentado ao retornar de sessão na Câmara

O vereador de União dos Palmares Paulo César Félix (foto) (PMN) sofreu um atentado na noite de segunda-feira (1º), quando retornava de uma sessão na Câmara de Vereadores da cidade. O veículo em que estava foi atingido por disparos próximo à Fazenda Sementeira, zona rural de União. O parlamentar preside comissão que investiga fraudes em licitações e desvio de verbas.

Testemunhas disseram que o vereador retornava da Câmara, por volta das 22h45, quando se aproximou da residência de outro parlamentar e avistou dois homens em uma motocicleta de 300 cilindradas. Na mesma hora, Paulo fez o retorno e seguiu em direção ao povoado Taquari, para despistar os criminosos.

“Após algum tempo, ele retornou à fazenda e foi surpreendido por dois homens a pé e armados. Disse que acelerou o carro e ouviu três disparos que atingiram seu veículo, o Fiat Uno prata, de placa NMC-3299. No mesmo instante, o parlamentar decidiu seguir para a Câmara e pediu ajuda a uma guarnição que passava pelo local. Os militares foram até a fazenda e fizeram rondas, mas não localizaram ninguém”, relatou Ivan Nunes, da Gazetaweb União, com base nas informações contidas no Boletim de Ocorrência (BO) feito pela vítima, na Delegacia Regional de União, sob a responsabilidade do delegado plantonista Felipe Ferreira.

O vereador não sabe a quem atribuir a emboscada, pois garante não ter inimigos. Ele apenas acrescentou que o fato pode ter sido motivado por investigações da Comissão Especial de Inquérito (CEI), responsável pela apuração de fraudes em licitações, desvio de verbas federais, falsificação de documentos e emissão de notas frias. Paulo César, que preside a comissão, suspeita de gestores da cidade, mas afirma que “não pode apontá-los como os responsáveis pela investida criminosa”.

“Isso que foi relatado por ele diz respeito a uma matéria veiculada pelo Fantástico, em setembro deste ano, quando o vereador apresentou os trabalhos da CEI e comentou sobre as investigações de atos da administração municipal; porém, ele não acusa ninguém. Até o momento, a vítima não cogitou pedir segurança individualizada junto ao Conseg [Conselho Estadual de Segurança]”, reforçou Ivan Nunes, citando que o caso deverá ser investigado pelo delegado regional Isaías Rodrigues.

Fonte: GazetaWeb