PF define reconstituição do caso Izabelle

A Polícia Federal (PF) vai fazer a reconstituição da morte da soldada da Polícia Militar Izabelle Pereira dos Santos no início de dezembro. O superintendente do órgão em Alagoas, delegado Omar Gabriel Haj Mussi, informou que peritos do Departamento Técnico e Científico da PF estão em fase final de análise do caso. A direção da Perícia Oficial do Estado só confirmou ontem que três projéteis foram localizados nos restos mortais da policial, exumados no dia 12. As balas eram de submetralhadora.

O diretor do Instituto de Criminalística (IC), José Cavalcante, explicou que os peritos fizeram o exame de comparação balística, que atestou ser da mesma arma que disparou a rajada de 30 tiros e atingiu a soldada. Segundo ele, as balas estavam alojadas na região escapular, um osso localizado na parte póstero-superior do tórax e somente foram retiradas após serem percebidas em um raio-X, feito no Hospital Geral do Estado (HGE).

O procedimento havia sido feito no mesmo hospital quando Izabelle ainda estava internada. Cavalcante ressalta que o laudo sumiu, mas constava no prontuário da paciente a informação de que o exame foi realizado. O Instituto Médico Legal (IML) de Maceió recebeu do Ministério da Justiça um aparelho para scanner de cadáveres, mas ele ainda está lacrado e sem previsão para ser usado. A assessoria de imprensa da Perícia Oficial informou que o equipamento está em Alagoas há seis meses e só deve ser utilizado na nova sede do IML, no Tabuleiro do Martins, cujas obras de construção estão paradas.