MORTE DE CAMPOS

Jorge Toledo seria dono do jato que caiu matando ex-governador de PE

Por 15/08/2014 - 17:05

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Jorge Toledo seria dono do jato que caiu matando ex-governador de PE

O usineiro Jorge Toledo Florêncio (foto abaixo) seria o sócio alagoano da  AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda., dona do jatinho que caiu em Santos, no litoral paulista, na quarta-feira (13), matando o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e quatro assessores de campanha, além do piloto e copiloto. A empresa é ligada ao Grupo Andrade, um dos maiores do setor sucroalcooleiro do país, com sede em Ribeirão Preto (SP).

Jorge Toledo é um dos donos do Grupo Toledo, ao qual pertencem a Usina Capricho, localizada em Cajueiro, a Usina Sumaúma, em Marechal Deodoro, e a Destilaria Paisa, localizada em Penedo. Mais recentemente o grupo adquiriu a massa falida da Usina Gantus, localizada em Borá, na região de Assis, no oeste paulista. A usina estava parada havia 16 anos, segundo o antigo proprietário, Antônio Gantus. Para voltar a operar a usina, serão exigidos investimentos pesados do novo proprietário na empresa.

Ainda no estado de São Paulo, Jorge Toledo é sócio do pernambucano José Luiz Duarte da Silveira Barros na Destilaria Vale do Rio Turvo, localizada no município de Onda Verde, a 40 quilômetros de São José do Rio Preto e adquirida no final de 2000.

A aeronave, modelo Cessna 560XL, caiu sobre um bairro residencial logo após a aeronave arremeter em tentativa de pouso frustrado no aeroporto do Guarujá, por volta das 10h da última quarta-feira. Chovia fraco e estava nublado. No mesmo dia, houve relatos de que uma das turbinas do jatinho teria pegado fogo logo após arremeter.

Há uma semana, Eduardo Campos esteve em Arapiraca com o mesmo avião que caiu na quarta. As imagens da chegada do então presidenciável podem ser vistas no site do portal G1 Alagoas, http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2014/08/eduardo-campos-esteve-em-arapiraca-com-mesmo-aviao-que-caiu-em-sp.html.

Erro do piloto teria derrubado avião

Um erro operacional no procedimento de arremesso do Cessna 560XL, teria sido a causa mais provável da queda do jato que se espatifou em Santos com o presidenciável Eduardo Campos a bordo. Esta avaliação é do piloto alagoano Antenógenes Pereira da Silva, gestor de segurança operacional de aviação civil.

Ele lembra que este modelo de jato tem restrições quanto ao procedimento de arremesso, não podendo o piloto recolher os flaps com o avião acima de 200 nós ou 370 km por hora. “Quando isto acontece, o jato baixa o nariz repentinamente e vai ao chão”, explica Antenógenes, destacando que provavelmente foi isto que aconteceu na tragédia de Santos.

Os flaps são estruturas aerodinâmicas que servem para aumentar a superfície das asas e o arrasto do avião para reduzir a velocidade e aumentar a sustentação da aeronave durante o procedimento de pouso.

 

 

Da Redação

 


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