Política

Jeferson: "Não estou preocupado só com a minha pele. Quero Nonô disputando o Senado"

Deputado estadual do DEM comenta situação de impasse causada pelo desleixo de Téo Vilela nas articulações da chapa tucana
Por Portal Cada Minuto 11/06/2014 - 09:30

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Jeferson: "Não estou preocupado só com a minha pele. Quero Nonô disputando o Senado"

O desânimo do vice governador José Thomaz Nonô quanto à sobrevivência política dele e do Democratas (DEM) em Alagoas está sendo sentida pelos seus colegas de partido. Prova disso é a ênfase que o deputado estadual Jeferson Morais (DEM) deu à necessidade de também se buscar condições ideais para garantir a candidatura de Nonô ao Senado.

Entrevistado pelo blog na tarde desta terça-feira (10), Jeferson negou que a prioridade tenha passado a ser a construção das chapas proporcionais para a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa, em detrimento da pré-candidatura a senador do vice-governador.

“Tanto a majoritária como a proporcional são as prioridades. O DEM não tem um só foco. Eu defendo que o Nonô tenha uma participação efetiva nesta eleição. Defendo em todas as conversas a participação dele no pleito. Não estou preocupado só com a minha pele”, afirma Jeferson.

O deputado estadual pré-candidato à reeleição também avalia que a possibilidade mais forte para a candidatura de Nonô ao senado sempre foi, desde o início das articulações, junto á chapa do PSDB. Mas não descarta outras possibilidades. “Tudo é possível”, afirma Jeferson, sem comentar a possibilidade que militantes do DEM tinham como real, na semana passada, de que Nonô substituísse o nome de Alexandre Toledo (PSB), na disputa pelo Senado na chapa de Benedito de Lira.

“Eu preciso renovar o meu mandato. O Omar Coelho quer se eleger deputado federal. Então, temos que buscar o melhor caminho. Essa fase é muito estressante, que demanda tempo, paciência e ansiedade. Mas espero que em até quatro ou cinco dias essa demanda esteja solucionada pelo governador. O Democratas só fica no PSDB se nós tivermos uma estrutura capaz de garantir determinadas situações. Uma delas é a minha eleição. Mas o partido também só segue outro caminho, tendo as vias e condições”, afirmou o deputado estadual do DEM.

Sobre a conversa com Benedito de Lira, Jeferson disse que a viabilidade de ingressar na chapa do PP é a mesma de ingressar na chapa do PMDB, tanto para federal como para estadual.

Prejuízo incontornável?

É realmente difícil a situação do DEM. Se correr para o PMDB, teria uma grande quantidade dos chamados puxadores de votos na chapa única de federal da Frente de Oposição, com 14 partidos. E no caso da chapa proporcional do PP de Biu de Lira, a dificuldade é que justamente a ausência de tais puxadores na coligação para federal.  

Além de Arthur Lira (PP), os integrantes do Democratas não enxergam possibilidade de eleição de mais um deputado federal. E não obtiveram sucesso na iniciativa de fatiar a coligação para federal. Não há espaço para Omar Coelho na chapa do PP (o ex-presidente da OAB certamente faria um trocadilho com esta última frase, com seu bom humor tamanho GG).

No cenário com o PP, integrantes do DEM discutem a possibilidade de o PSDB se juntar à chapa de Biu de Lira, com a extinção da candidatura de Eduardo Tavares, ou com sua composição como vice do pepista. Mas a ideia não vingou pelas intransigências de Benedito, em defesa do mandato do filho Arthur, e de Teotonio, em defesa do nome de Eduardo Tavares. Mesmo que essa aliança pareça favorável à eleição, para federal, de Pedro Vilela, seu sobrinho e presidente do PSDB em Alagoas.

Se a coligação fosse mesmo com a chapa de Biu, chances ficam nulas para Jeferson Morais, porque iria disputar a reeleição com um número grande de deputados estaduais com mandato.

Outro fator que dificulta a aliança do DEM com o PP é o compromisso político já firmado de trabalhar as bases do deputado estadual tucano Joãozinho Pereira, para que seus eleitores sejam orientados a votar em Alexandre Toledo (PSB) para senador. O que impediria a substituição do deputado federal do PSB por Thomaz Nonô na disputa pelo Senado.

O reduto de Joãozinho é estimado em 70 mil a 90 mil votos, trabalhados para serem direcionados para Toledo, Arthur e o deputado estadual tucano. Tal curral eleitoral ,como se chama no popular, estaria localizado na região de Teotônio Vilela e Campo Alegre, com votos inalcançáveis por candidatos como Fernando Collor. Mas não me perguntem como se faz um cabresto deste, porque não sei explicar.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Portal Cada Minuto


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