Principal testemunha do caso Diego Florêncio não comparece a julgamento
Ministério Público decidiu suspender depoimento de todas as testemunhasO início da audiência de julgamento da morte do estudante Diego Florêncio foi marcado pela emoção dos familiares da vítima, principalmente do pai, que muito emocionado cobrou a condenação dos três réus. Em entrevista a imprensa, Ricardo Florêncio argumentou a defesa apresentada pelos réus e afirmou que eles são os responsáveis pela morte do filho.
Atrelado a emoção da família, o clima no Fórum do Barro Duro é tenso entre todos os presentes e testemunhas. Ainda no início, a promotora Marta Bueno, que pede a condenação dos réus, confirmou que a principal testemunha do caso não compareceu ao Fórum para participar do julgamento. Outras testemunhas também faltaram ao depoimento. Com isso, todos os depoimentos foram suspensos.
O advogado José Fragoso, assistente de acusação, afirmou que a decisão em cancelar todas as testemunhas foi a melhor atitude adotada, pois durante o processo de investigação, um único depoimento foi mudado seis vezes. “Um desses depoimentos que essa testemunha prestou foi rasgado dentro da delegacia. A testemunha tinha citado nomes e o depoimento foi literalmente rasgado. Eu tenho provas disso”, emendou Fragoso.
A promotora enfatizou que, diante dos fatos, o desaforamento foi a garantia para manter todo o processo transparente. “Se esse julgamento acontecesse em Palmeira dos Índios, certamente esses réus seriam absolvidos, o que seria uma temeridade, pois esses réus são de má índole”, disse Marta Bueno.
O julgamento do assassinato de Diego Florêncio ocorreu sete anos após a sua morte, ocorrida em 2007, na cidade de Palmeira dos Índios. Antônio Garrote Filho, mais conhecido como Toninho Garrote, filho de Ângela Garrote, ex-prefeita de Estrela de Alagoas, Paulo Tenório, o Paulinho do Cartório, e Juliano Balbino foram denunciados pelo Ministério Público Estadual como responsáveis pelo assassinato de Diego.
O pai da vítima, Ricardo Florêncio, afirmou para a reportagem que a versão apresentada por Antônio Garrote é falsa e que os disparos foram efetuados por Juliano Balbino. Os acusados sustentam como defesa que estavam na cidade de Arapiraca no dia do crime e negam qualquer tipo de participação.
O júri é presidido pelo juiz John Silas da Silva, que responde pela 9ª Vara Criminal da Capital.
Fonte: Cada Minuto