Principal testemunha do caso Diego Florêncio não comparece a julgamento

Ministério Público decidiu suspender depoimento de todas as testemunhas
Por Cada Minuto 13/05/2014 - 11:15

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Principal testemunha do caso Diego Florêncio não comparece a julgamento

O início da audiência de julgamento da morte do estudante Diego Florêncio foi marcado pela emoção dos familiares da vítima, principalmente do pai, que muito emocionado cobrou a condenação dos três réus. Em entrevista a imprensa, Ricardo Florêncio argumentou a defesa apresentada pelos réus e afirmou que eles são os responsáveis pela morte do filho.

Atrelado a emoção da família, o clima no Fórum do Barro Duro é tenso entre todos os presentes e testemunhas. Ainda no início, a promotora Marta Bueno, que pede a condenação dos réus, confirmou que a principal testemunha do caso não compareceu ao Fórum para participar do julgamento. Outras testemunhas também faltaram ao depoimento. Com isso, todos os depoimentos foram suspensos.

O advogado José Fragoso, assistente de acusação, afirmou que a decisão em cancelar todas as testemunhas foi a melhor atitude adotada, pois durante o processo de investigação, um único depoimento foi mudado seis vezes. “Um desses depoimentos que essa testemunha prestou foi rasgado dentro da delegacia. A testemunha tinha citado nomes e o depoimento foi literalmente rasgado. Eu tenho provas disso”, emendou Fragoso.

A promotora enfatizou que, diante dos fatos, o desaforamento foi a garantia para manter todo o processo transparente. “Se esse julgamento acontecesse em Palmeira dos Índios, certamente esses réus seriam absolvidos, o que seria uma temeridade, pois esses réus são de má índole”, disse Marta Bueno.

O julgamento do assassinato de Diego Florêncio ocorreu sete anos após a sua morte, ocorrida em 2007, na cidade de Palmeira dos Índios. Antônio Garrote Filho, mais conhecido como Toninho Garrote, filho de Ângela Garrote, ex-prefeita de Estrela de Alagoas, Paulo Tenório, o Paulinho do Cartório, e Juliano Balbino foram denunciados pelo Ministério Público Estadual como responsáveis pelo assassinato de Diego.

O pai da vítima, Ricardo Florêncio, afirmou para a reportagem que a versão apresentada por Antônio Garrote é falsa e que os disparos foram efetuados por Juliano Balbino. Os acusados sustentam como defesa que estavam na cidade de Arapiraca no dia do crime e negam qualquer tipo de participação.

O júri é presidido pelo juiz John Silas da Silva, que responde pela 9ª Vara Criminal da Capital.


Fonte: Cada Minuto


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