Ação para remover parte do moinho deve ser retomada nesta quinta-feira

Ministério do Trabalho interrompeu operação alegando que havia riscos. Empresa se comprometeu a acionar profissional habilitado para execução.
Por G1 Alagoas 10/04/2014 - 08:45

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Ação para remover parte do moinho deve ser retomada nesta quinta-feira

A operação para retirada de parte da estrutura pendente do silo que se rompeu (uma espécie de torre para armazenar alimentos) no Moinho Motrisa deve ser retomada na manhã desta quinta-feira (10). Isso porque o trabalho foi interrompido no início da noite de quarta (9) pelo Ministério do Trabalho, que alegou haver riscos na ação.

"Estavam com pressa e o serviço seria feito à base do improviso. Foi lavrado um termo de interdição e a obra pode ser retomada a qualquer momento, desde que atendam à exigência de um funcionário qualificado para fazer este serviço", justificou o auditor fiscal do Ministério do Trabalho Elton Machado.

José Luiz dos Santos, gerente comercial da empresa prestadora de serviço contratada pelo Motrisa para realizar a operação, se comprometeu em acionar um outro funcionário que esteja habilitado para o trabalho. Até que todo o serviço seja concluído, a área no entorno do moinho permanecerá isolada por tempo indeterminado. "Peço desculpas à população e aos comerciantes, mas nada paga a vida que poderia se perder aqui", complementa Machado, ao citar o risco de a operação ser realizada por uma pessoa não habilitada.

Os trabalhos de limpeza da área onde caíram toneladas do produto que ficava armazenado no silo que se rompeu após o acidente, ocorrido na última segunda (7), também foram interrompidos. O acidente deixou cinco pessoas feridas. Elas foram encaminhadas ao Hospital Geral do Estado (HGE). Uma das vítimas continua internada. Diversos veículos foram soterrados.

A retirada da estrutura pendente foi definida após uma reunião realizada na última terça (8), devido ao risco de novos desabamentos. A empresa se comprometeu em trazer um guindaste de outro estado para realizar o serviço, mas acabou encontrando uma empresa aqui no estado que fizesse a operação. A lança do guindaste tem 45 metros, mas ainda será necessário acoplar uma outra estrutura de 5 metros, chamada de gibe, à ponta da lança para dar maior estabilidade durante a ação.

"Esse procedimento é necessário para que a peça não caia sobre o guindaste. Um funcionário vai subir até o topo do silo com um maçarico para retirar a peça, que deve cair por completo. O ideal seria que uma outra máquina segurasse a peça antes de ela cair, mas isso é um procedimento emergencial e não há risco, já que não haverá ninguém embaixo", afirmou Santos.

 

 

 

Fonte: G1 Alagoas


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