Ação para remover parte do moinho deve ser retomada nesta quinta-feira
Ministério do Trabalho interrompeu operação alegando que havia riscos. Empresa se comprometeu a acionar profissional habilitado para execução.A operação para retirada de parte da estrutura pendente do silo que se rompeu (uma espécie de torre para armazenar alimentos) no Moinho Motrisa deve ser retomada na manhã desta quinta-feira (10). Isso porque o trabalho foi interrompido no início da noite de quarta (9) pelo Ministério do Trabalho, que alegou haver riscos na ação.
"Estavam com pressa e o serviço seria feito à base do improviso. Foi lavrado um termo de interdição e a obra pode ser retomada a qualquer momento, desde que atendam à exigência de um funcionário qualificado para fazer este serviço", justificou o auditor fiscal do Ministério do Trabalho Elton Machado.
José Luiz dos Santos, gerente comercial da empresa prestadora de serviço contratada pelo Motrisa para realizar a operação, se comprometeu em acionar um outro funcionário que esteja habilitado para o trabalho. Até que todo o serviço seja concluído, a área no entorno do moinho permanecerá isolada por tempo indeterminado. "Peço desculpas à população e aos comerciantes, mas nada paga a vida que poderia se perder aqui", complementa Machado, ao citar o risco de a operação ser realizada por uma pessoa não habilitada.
Os trabalhos de limpeza da área onde caíram toneladas do produto que ficava armazenado no silo que se rompeu após o acidente, ocorrido na última segunda (7), também foram interrompidos. O acidente deixou cinco pessoas feridas. Elas foram encaminhadas ao Hospital Geral do Estado (HGE). Uma das vítimas continua internada. Diversos veículos foram soterrados.
A retirada da estrutura pendente foi definida após uma reunião realizada na última terça (8), devido ao risco de novos desabamentos. A empresa se comprometeu em trazer um guindaste de outro estado para realizar o serviço, mas acabou encontrando uma empresa aqui no estado que fizesse a operação. A lança do guindaste tem 45 metros, mas ainda será necessário acoplar uma outra estrutura de 5 metros, chamada de gibe, à ponta da lança para dar maior estabilidade durante a ação.
"Esse procedimento é necessário para que a peça não caia sobre o guindaste. Um funcionário vai subir até o topo do silo com um maçarico para retirar a peça, que deve cair por completo. O ideal seria que uma outra máquina segurasse a peça antes de ela cair, mas isso é um procedimento emergencial e não há risco, já que não haverá ninguém embaixo", afirmou Santos.
Fonte: G1 Alagoas