Cidades

Samu Alagoas registrou mais de 30 mil ligações falsas em janeiro de 2014

Das 41.605 ligações recebidas no período, cerca de 74% foram trotes. Procedimento, que atrapalha o socorro de vítimas, é considerado crime
Por Do G1 AL 04/02/2014 - 11:01

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Samu Alagoas registrou mais de 30 mil ligações falsas em janeiro de 2014

Ano novo, hábitos antigos. O ano mal começou e a Central de Atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) emMaceió registrou, só no mês de janeiro, mais de 30 mil ligações falsas. O resultado da prática de trotes, que compromete o serviço de urgência para população, feito pelo 192, correspondeu a 74% das 41.605 ligações de pedido de socorro feita no período.

O crescimento do número de trotes preocupa, segundo o gerente da Samu Maceió, Lucas Casado, não só devido ao deslocamento de equipes de socorro, mas também por causa da obstrução das linhas telefônicas.

“Em 2013 das mais de 700 mil ligações, 547 mil foram de chamadas falsas feitas por populares que não entendem a gravidade da brincadeira. E isto é muito sério porque, embora os profissionais façam a triagem detalhada destas chamadas não ativando o deslocamento das equipes de socorro, o que preocupa é o congestionamento das linhas de socorro. Pois, no momento que alguém está de fato precisando de ajuda, a linha pode estar sendo ocupada por uma brincadeira”, expõe Lucas Casado.

Ao enfatizar que prestar informações falsas, mesmo por telefone, é crime, o gestor do Samu Maceió lembra que a prática de trote compromete os cofres públicos.

“É importante lembrar que toda a operação de socorro implica em custos. Custo de tempo e financeiro. Portanto não é admissível que essa prática se perpetue entre crianças e até mesmo adultos. Certa vez chegamos a deslocar uma ambulância e um helicóptero para socorrer vítimas de um acidente falso. Quem aciona o Samu sem necessidade tem que saber que é responsável pelo não atendimento de uma vítima verdadeira, e poderá responder criminalmente por isso”, completa.

Em breve, além de responder a inquérito policial, quem passar trote pode ser obrigado a ressarcir os cofres públicos com todo o gasto envolvido na operação do falso socorro. Para isso, o governo do Estado vem trabalhando na Lei nº 7.389/12, ainda não sancionada, que envolve punição para quem fizer alarmes falsos para instituições como Corpo de Bombeiros, polícias Civil e Militar, e Samu.


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