Alagoas

Justiça de Alagoas determina prisão de coronel da PM

Juiz determina recolhimento doPM no quartel por 72h. Advogado de defesa disse que vai impetrar Habeas Corpus nesta sexta
Por Do G1 AL 08/11/2013 - 10:07

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Justiça de Alagoas determina prisão de coronel da PM

O coronel da Polícia Militar de Alagoas, Ivon Berto, que foi exonerado do cargo de chefe do Estado-Maior do Estado, após denúncias sobre ingerência polícia na corporação, está preso no Quartel da PM, no centro de Maceió, desde a noite de quinta-feira (7). O recolhimento administrativo foi determinado pelo juiz José Cavalcante Manso Neto que alegou indisciplina militar.

Mesmo na prisão, o coronel afirmou ter ratificado em conversa informal todas as denúncias que havia feito sobre influência política no comando de um batalhão da PM. "Ratifiquei as denúncias e fiz duras críticas sobre o Plano Brasil Mais Seguro. Então o juiz resolveu determinar a prisão", contou.

Segundo o Ivon Berto, a prisão trata-se de um recolhimento na sede da polícia. "Estou desde quinta-feira aqui na sala do comando da PM. Meu advogado tomará conta do caso agora", afirmou.

O advogado de defesa do coronel, Welton Roberto, afirmou que ainda na manhã desta sexta-feira (8) estará impetrando um Habeas Corpus em favor do militar. "O Habeas Corpus é um dispositivo que servirá para pedir a regovação da ordem de prisão e também para anular o processo administrativo", disse.

"Vamos nos defender, ressaltando que não houve nenhuma quebra de disciplina do coronel. E que uma denúncia de ingerência administrativa deveria ser objeto de investigação na PM e não de punição do denunciante", completou o advogado.

Entenda o caso
Na entrevista ao jornal, o militar criticou o programa Brasil Mais Seguro, processos de promoção e citou o episódio que atribui ter resultado na substituição do comandante do 5º Batalhão da PM, com sede no Benedito Bentes.

Segundo a denúncia, a mudança teria sido feita por influência política, a pedido do vereador Silvânio Barbosa (PSB), que se indispôs com o então comandante e teria dito, em um show no bairro, que o trocaria. O vereador, o comandando da PM e a Defesa Social negaram motivação política no episódio. Mas o Conseg determinou à PM que retificasse a troca dos oficiais no 5º Batalhão.


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