Alagoas

Capitão da PM de AL acusado de matar estudante é julgado pela 2ª vez

Militar foi a júri popular em 2011, mas sentença foi anulada. Crime aconteceu em maio de 2008, na Cidade Universitária
Por Do G1 AL 10/10/2013 - 08:59

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Capitão da PM de AL acusado de matar estudante é julgado pela 2ª vez

O capitão da Polícia Militar de Alagoas, Eduardo Alex da Silva Lima, acusado de matar o estudante Johnny Wilter Pino, 21, deve ir a julgamento pela segunda vez na manhã desta quinta-feira (10), no Fórum do Barro Duro, emMaceió. O militar havia sido condenado em julho de 2011 a dois anos de reclusão e a pena foi revertida em serviços comunitários, mas o julgamento foi anulado e haverá um novo júri.

O novo júri popular estava marcado para o último dia 27, mas foi adiado. De acordo com o juiz Maurício Brêda, o julgamento foi adiado porque os advogados de defesa e acusação estão participando do mutirão do Tribunal do Júri, que acontece na Faculdade Integrada Tiradentes (Fits) nesta sexta (28).

O estudante de geografia foi morto no dia 25 de maio de 2008. Segundo o inquérito, o rapaz estava na garupa de uma motocicleta Honda Biz, conduzida pelo amigo Marcos Brandão, nas imediações do Bairro Cidade Universitária, próximo a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), quando foi morto com um tiro de metralhadora 9mm. 

O capitão da PM, em seu depoimento, alegou que os jovens teriam furado um bloqueio policial e atirado contra a guarnição. Na reação dos militares, Johnny Wilter foi atingido. Entretanto, a perícia no local do crime e exames realizados comprovaram que a vítima e Brandão não tiveram contato com arma de fogo.

Lima foi à juri popular em junho de 2011, mas a família do estudante recorreu a decisão. No começo deste ano, o Tribunal de Justiça (TJ) aceitou a argumentação do Ministério Público Estadual (MPE) e anulou a decisão do Conselho de Sentença.

A mãe do estudante, Maria Cícera da Silva Pino, disse estar confiante em uma condenação maior para o militar. “A sentença que foi dada ao policial não foi justa. Espero que nesse novo julgamento ele seja condenado”, disse a mãe, ao informar que irá acompanhar o julgamento, previsto para começar às 11h.


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