Política

Justiça dá prazo para governo de Alagoas contratar intérpretes de libras

Profissionais devem ser contratados emergencialmente no prazo de 10 dias. Segundo SEE, há uma carência de 40 profissionais em todo o estado
Por Do G1 AL, com informações da TV Gazeta 25/09/2013 - 09:39

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Justiça dá prazo para governo de Alagoas contratar intérpretes de libras

Uma decisão da Justiça determinou o prazo de 10 dias para que o estado de Alagoas contrate intérpretes de libras para duas unidades de ensino de Maceió, as escolas estaduais Tavares Bastos e Dr. Edson dos Santos Bernardes. Segundo a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas (SEE), há uma carência de 40 profissionais em todo o estado.

Só em uma sala do 6º ano da escola Dr. Edson dos Santos, há três alunos com deficiência auditiva. Ao todo, cinco turmas têm estudantes que dependem dos intérpretes para entender o conteúdo e se comunicar com o professor. Entretanto, desde o início do ano letivo, duas turmas estão sem os profissionais.

“Ele estão vindo para a aula para não perderem o ano letivo, mas está havendo uma cobrança muito grande desde o ano passado, já que eles necessitam de intérpretes com urgência”, relata o intérprete de libras Miguel Tenório.

Já na unidade Tavares Bastos, cerca de 90 alunos com deficiência auditiva também estão sem intérpretes de libras em sala de aula. A falta de professores nas duas escolas foi denunciada à Defensoria Pública, que recorreu à justiça.

A decisão determina que o Estado contrate, em caráter de emergência, professores habilitados para ministrarem aulas em libras. A ordem deve ser cumprida no prazo de 10 dias, sob pena de multa diária. “Vamos procurar cumprir tentando remanejar, porque é uma categoria em que há uma dificuldade de oferta no mercado”, revela o coordenador de gestão de pessoas da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas (SEE), José Mário Barros.

Ainda segundo o coordenador, a carência em alagoas é de 44 intérpretes de libras. “Nós estamos buscando publicar um novo edital até a primeira quinzena de outubro na intenção de sanar essas carências”, completa Barros.

Na opinião da intérprete Gilmara Farias, o estado deveria oferecer capacitações. “Quando [os cursos] vêm a acontecer é de dois em dois ou de três em três anos e são poucas vagas”, afirma.

No próximo mês, a Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE) vai oferecer um curso de qualificação gratuito, em maceió. “Serão 40 vagas. Vai ser um critério muito exigente. Essas pessoas vão se capacitar financiadas pelo dinheiro público, então elas vão ter que dar uma resposta à altura”, garante a superintendente executiva da AAPPE, Iraê Cardoso.


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