Alagoas

Comissão de delegados investiga sumiço de policial no interior de Alagoas

Polícia suspeita que corpo achado carbonizado seja de escrivão. Três delegados foram nomeados para apurar o caso
Por Do G1 AL 24/09/2013 - 11:19

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A Delegacia Geral da Polícia Civil nomeou uma comissão de delegados para investigar o desaparecimento do escrivão José Santos de Oliveira, 39, que foi visto pela última vez na noite de sexta-feira (20). A Polícia suspeita que o corpo achado carbonizado no porta-malas de um carro em chamas na zona rual do município de Igaci, no Agreste de Alagoas, seja do policial que sumiu.

Para as investigações foram nomeados o diretor do Diretoria de Polícia Judiciária da Área 2 (DPJA-2), delegado Nilson Alcântara; a delegada Ana Luiza Nogueira, da Diretoria Especial de Investigação e Capturas (Deic), e o delegado Cícero Lima, coordenador da Delegacia de Homicídios (DH).

Segundo a delegada Ana Luiza, desde sábado (21), a polícia faz diligências na região para investigar o caso. Ela disse que, apesar de haver indícios de que o corpo achado carbonizado seja do agente, isso só poderá ser confirmado ou descartado após o resultado do exame de DNA. “Não podemos adiantar nada sobre o caso para não atrapalhar as investigações, mas a polícia está bastante empenhada para que ele seja solucionado”, ressaltou a delegada.

Policial estava de plantão quando sumiu
Oliveira trabalhava na Delegacia de Minador do Negrão e estava de plantão em Palmeira dos Índios no dia que desapareceu. Segundo relatos de colegas de trabalho, ele saiu da delegacia por volta das 18h da sexta (20) para jantar na casa da noiva, que mora em Igaci.

O policial foi visto pela última vez por volta das 20 horas. Três horas depois, a Polícia Militar recebeu um chamado do proprietário de um sítio informando que havia um veículo da marca Fox, pegando fogo. No local indicado, os policiais encontraram o corpo de um homem carbonizado e um colete da Polícia Civil. Os militares descobriram que o carro e o colete pertencem ao policial que estava desaparecido.

O policial civil trabalhava há quatro meses em Minador do Negrão e era considerado uma pessoa tranquila pelos colegas de trabalho. O delegado do município, Itamar Uchôa Garcia, contou que Oliveira era bastante reservado e que nunca falou sobre algo que pudesse motivar um crime. “O escrivão trabalhava em Maceió e pediu transferência porque era noivo há quatro anos e pretendia casar no ano que vem. Ele também fazia faculdade na cidade de Palmeira dos Índios”, disse.

Garcia falou que familiares e a noiva do policial já foram ouvidos e confirmaram que ele era uma pessoa pacata e não tinha inimizades. “Estamos apenas no começo das investigações, mas bastante empenhados em descobrir  que aconteceu”, completou o delegado.

O corpo carbonizado permanece aguardando identificação no Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca.


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