Bancários de Alagoas aderem à greve nacional e suspendem serviços

Os bancários de Alagoas decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (19). A paralisação foi aprovada em assembleia realizada na última quinta (12). Entre as reivindicações da classe está o reajuste salarial de 11,93%, que corresponde a 5% de ganho real somados à inflação, e participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mínimos mais R$ 5.553,15.

A categoria pede ainda auxílio alimentação e refeição, piso salarial do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o que equivale a R$ 2.860,21, 13ª cesta alimentação e creche-babá no valor de um salário mínimo. Os bancários reivindicam também melhores condições de trabalho, elevação no número de empregos, fim das demissões, mais controle e aumento da inclusão bancária, bem como o combate às terceirizações.

Segundo o presidente do sindicato dos bancários de Alagoas, Jairo França, há duas semanas foi oferecida uma proposta de reajuste salarial de 6,1 %, mas o acordo não foi aceito. “Esse percentual corresponde apenas ao reajuste inflacionário. A proposta foi rejeitada de imediato pela classe”, explicou.

França disse que a mobilização acontece porque o patronato não quer negociar. "Hoje a maioria dos bancários, para sobreviver, tem que passar por situações de constrangimento na agência. A população precisa entender nossa causa e, quem precisar pagar contas pode fazer nos caixas eletrônicos, bancos postais e casas lotéricas",falou.

De acordo com o sindicato, a ideia é que as cerca de 200 agências do estado fiquem fechadas e os 3.000 bancários parados.