CORONAVÍRUS

Governadores do Nordeste acertam compra de 25 milhões de doses da Sputnik

Renan Filho visitou fábrica que produz parte do imunizante, em Brasília, mas não anunciou negociação
Por Tamara Albuquerque 03/03/2021 - 19:08
Atualização: 04/03/2021 - 08:45

ACESSIBILIDADE

Agência Alagoas
Renan Filho estaria negociando a compra da vacina Sputnik, da Rússia
Renan Filho estaria negociando a compra da vacina Sputnik, da Rússia

O governador Renan Filho não anunciou nenhum negócio efetivo para a compra da vacina Sputnik, após retornar, nesta terça-feira, da visitação às instalações da União Química Farmacêutica Nacional S.A, em Brasília. A empresa é responsável pela produção do Integrante Farmacêutico Ativo (IFA) do imunizante russo. Entretanto, segundo informação do governador Wellington Dias (PI-PT), os nove estados nordestinos teriam acertado a compra de 25 milhões de doses do imunizante. As doses seriam importadas da Rússia. 

Em tese, a vacina chegaria a partir de abril e seria entregue até julho para o Programa Nacional de Imunização. Wellington Dias coordena a seção de vacinação do Fórum de governadores.

Em matéria divulga nesta tarde pela Folhapress, o serviços de jornalismo online da Folha de S.Paulo, alguns governadores de outras regiões pensam em usar as doses em seus próprios estados caso o governo federal não consiga cumprir seus prazos de vacinação. A reportagem ouviu governadores das regiões Sul e Centro-Oeste.

A vacina russa ainda não é autorizada pela Anvisa, mas a União Química prometeu aos governadores tomar providências para obter aprovação junto ao órgão. Até segunda-feira (8), o laboratório apresentaria aos governadores o cronograma de produção e entrega do produto. 

Butantan

O governador do Piauí falou à Folhapress que os governadores também pediram uma "proposta firme de entrega" de vacinas produzidas pelo Instituto Butantan, da chinesa Sinovac e que existe a intenção de comprar do instituto paulista mais 30 milhões de doses. 

Nesta semana, o Congresso aprovou a lei que também autoriza estados, Distrito Federal e municípios a "assumir os riscos referentes à responsabilidade civil" pelos efeitos adversos das vacinas" e a compra dos produtos, sob certas condições. A responsabilidade pelos riscos pós-vacinação vem sendo um empecilho na compra de vacinas como a produzida pela Pfizer. Na prática, trata-se mesmo de uma autorização para a compra de vacinas por outros governos que não o federal -e também por empresas, segundo lembrou o material da agência Estado.


Encontrou algum erro? Entre em contato