quatro crimes

STF adia decisão sobre tornar Collor réu na Lava Jato

Por com agências 15/08/2017 - 19:52

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Foto: Divulgação
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A 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) adiou para a próxima terça-feira (22) a conclusão do julgamento sobre a denúncia contra o senador Fernando Collor (PTC-AL). 

Os ministros vão decidir se aceitam a denúncia e abrem um processo criminal contra o ex-presidente da República, o que o tornaria réu na Operação Lava Jato.

O julgamento foi iniciado hoje, por volta das 16h. Antes, a 2ª Turma, cuja sessão começa às 14h, julgou três pedidos de extradição. O julgamento foi suspenso por volta das 18h, após o relator, ministro Edson Fachin, ler seu relatório no processo e os advogados de defesa realizarem suas manifestações.

O senador foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. Outras sete pessoas também foram denunciadas, sob acusação de terem participado do esquema criminoso.

A Procuradoria acusa Collor de ter utilizado influência do PTB sobre a BR Distribuidora para negociar R$ 29 milhões em propina oriunda de um contrato de troca de bandeira de postos de combustíveis, bem como em função de contratos de bases de distribuição de combustíveis. 

Collor também foi denunciado por tentativa de obstrução à Justiça, por ter, segundo a Procuradoria, pedido o estorno de depósitos em dinheiro feitos em contas ligadas a ele, depois que comprovantes desses pagamentos foram encontrados em buscas em uma empresa do doleiro e delator Alberto Youssef.

A defesa de Fernando Collor afirmou, em manifestação entregue ao STF, que ele não participou da indicação da diretoria da BR Distribuidora, ato que não estaria dentro de suas atribuições como senador, e que não há nenhuma prova no processo de que o senador teria participado de um acerto para desviar dinheiro de contratos da empresa de combustíveis ligada à Petrobras. 

Sobre a acusação de obstrução da Justiça, a defesa de Collor afirma que o pedido de estorno dos depósitos não teria o poder de atrapalhar as investigações, já que o estorno ficaria registrado entre as movimentações financeiras das contas. (UOL)


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