PF mira ‘outros políticos do PMDB’ em inquérito de Renan

O delegado Alessandro Maciel Lopes, do grupo de inquéritos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, suspeita que outros políticos do PMDB receberam doações eleitorais da empreiteira Serveng como teria ocorrido com o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

"não atentar a tais evidências prejudicaria o objeto do inquérito", disse o delegado ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato.

Em dezembro do ano passado, o procurador geral da República Rodrigo Janot considerou já ter provas suficientes e denunciou Renan, seu aliado Aníbal Gomes, deputado do PMDB no Ceará, e um executivo da Serveng antes de a PF concluir as investigações.

Na acusação, que acabou sendo devolvida pelo ministro Teori Zavascki para aguardar a conclusão do inquérito da PF, Janot apontava que Renan teria recebido propinas de R$ 800 mil por meio de doações eleitorais ao PMDB em 2010.

Junto à denúncia, o procurador geral também requereu decretação da perda da função pública de Renan e Aníbal. 

À imprensa, Renan Calheiros disse acreditar que a ação será arquivada por falta de provas. Já Aníbal Gomes negou ter recebido qualquer vantagem da empresa.