Caso Giovanna

Assassino de estudante é condenado a 29 anos de prisão

Por Com TJ-AL 28/09/2017 - 17:23

ACESSIBILIDADE

Foto: Assessoria
Foto: Assessoria

Terminou o julgamento de Luiz Alberto Bernadino da Silva, que aconteceu nesta quinta (28), no Fórum de Maceió. Ele é acusado de matar a estudante de Fisioterapia Giovanna Tenório.

O juiz John Silas condenou Luiz Alberto a 29 anos de reclusão, que ainda terá que pagar indenização de 10 mil reais aos familiares da vítima

Durante interrogatório, Luiz Alberto, que na época trabalhava como caminhoneiro, disse que no dia do assassinato fez a entrega de frutas e que foi para casa alimentar seus cachorros. 

Logo depois seguiu para a casa da mãe dele, no Eustáquio Gomes. Em relação ao celular da vítima, que foi encontrado em sua posse, afirmou ter comprado o aparelho no dia seguinte por R$ 40.

 Segundo o assistente de acusação Welton Roberto, o réu mentiu e teve, sim, envolvimento no crime. 

“Existem provas cabais da participação dele. Toda a parte do monitoramento eletrônico, do local onde o celular dele se encontrava, coloca Luiz Alberto na cena do crime. Além disso, a toalha em que foi envolto o corpo da Giovanna foi reconhecida pela própria companheira dele. Então, temos provas materiais para a condenação”, afirmou.

 O advogado de defesa Thiago Mota alegou que o réu é inocente e que não teve nenhum motivo para praticar o assassinato. 

“Ele sequer conhecia a vítima ou qualquer das pessoas às quais o processo está se referindo. O Ministério Público também não foi capaz de precisar quando, como e onde o crime ocorreu”, ressaltou.

O promotor do caso foi Antônio Villas-Boas. A defesa do réu também contou com o advogado Ricardo Moraes.

Sessão está sendo realizada no salão do 2º Tribunal do Júri, no Fórum de Maceió. Foto: Itawi Albuquerque. 

O caso

 De acordo com os autos, Giovanna Tenório desapareceu no dia 2 de junho de 2011, por volta das 12h30, nas proximidades da Faculdade de Fisioterapia do Cesmac, no bairro do Farol. O corpo da estudante foi encontrado dias depois, em um canavial na Fazenda Urucum, situada entre os municípios de Rio Largo e Messias.

 Ainda segundo o processo, a mandante do crime seria Mirella Granconato Ricciardi, que teria descoberto o envolvimento da estudante com o marido dela, Antônio de Pádua Bandeira, também apontado como autor intelectual. O réu Luiz Alberto Bernadino da Silva é apontado como o autor material. Ele está sendo julgado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto simples.

 O júri de Mirella Granconato está marcado para o dia 11 de outubro, às 8h, no Fórum de Maceió. Ela será julgada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.


Encontrou algum erro? Entre em contato