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Celso Luiz é preso pela Polícia Federal

Por da Redação 12/05/2017 - 21:35

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Celso Luiz é acusado de desviar recursos públicos
Celso Luiz é acusado de desviar recursos públicos

O ex-prefeito de Canapi, Celso Luiz, foi preso por policiais federais na manhã desta sexta-feira, 12. Além dele, os ex-secretários Jorge Valença e Carlos Alberto também foram detidos e devem prestar depoimentos na sede da PF, em Maceió. Uma quarta pessoa, o ex-vice-prefeito Genaldo Vieira, está foragido.

Acusado de chefiar um esquema de corrupção que teria desviado cerca de R$ 27 milhões dos cofres de Canapi, o ex-prefeito e também ex-deputado estadual chegou a virar notícia nacional. 

O descaso com o dinheiro público foi pauta da reportagem do programa dominical Fantástico, da Rede Globo, exibido no dia 16 de abril.

O “repórter secreto” veio até Alagoas para questionar “Cadê o Dinheiro Que Tava Aqui?”, nome do quadro da atração global. 

Confira o vídeo de Celso Luiz junto a policiais federais

Numa região que sofre uma das piores secas de todos os tempos, a Prefeitura pagava por serviços fantasmas de caminhões-pipa.

Para o promotor de Justiça José Carlos Castro, coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), a quadrilha funcionava com uma só certeza: a da impunidade. 

A OPERAÇÃO

Em nota à impressa a PF disse que a Superintendência Regional da Polícia Federal em Alagoas desencadeou a segunda fase da Operação Triângulo das Bermudas, denominada Operação Deusa da Espada - em alusão a um dos símbolos místicos da Justiça - com o cumprimento de três Mandados de Prisão Preventiva, através de diligências realizadas nos municípios de Canapi/AL, Mata Grande/AL, Santana do Ipanema/AL, Maceió/AL e Aracaju/SE. 

Um quarto Mandado de Prisão, contra o ex-prefeito Genaldo Vieira, não foi cumprido uma vez que o investigado não foi encontrado até o momento, estando em local incerto e não sabido.

A ação objetiva desarticular uma organização criminosa responsável por um prejuízo que chega a R$ 17 milhões, dinheiro oriundo do antigo Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) e de outros programas do governo federal na área de educação, que foi depositado pela União nas contas da prefeitura de Canapi/AL entre 2015 e 2016.

Além dos desvios que foram apurados na primeira fase da operação policial, constatou-se a continuidade das ações criminosas a cargo do grupo, a partir da liberação de valores remanescentes do fundo nos últimos dias da gestão do ex-prefeito do citado município, o qual assumira a gestão da cidade após afastamento do seu antecessor, determinado judicialmente. Mandados de prisão foram expedidos contra ambos, além de dois ex-secretários municipais que também participaram dos desvios, consoante apurado no inquérito policial instaurado pela PF em maio de 2016.

Apurou-se, ainda, que a ORCRIM vinha intimidando e cooptando testemunhas, com o propósito de dificultar as investigações empreendidas pela Polícia Federal.

Foi utilizado um efetivo de 20 policiais federais da Superintendência Regional da PF de Alagoas para execução das medidas judiciais, determinadas pela juíza Camila Monteiro Pullin Milan, titular da 11ª Vara da JFAL, subseção judiciária de Santana do Ipanema/AL.

Os detalhes da operação foram  passados pela Superintendência da PF em Alagoas em coletiva de imprensa realizada no final da manhã.


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