DOIS ANOS

Rozangela Wyszomirska presta contas de sua gestão na Sesau

Por Agência Alagoas 31/01/2017 - 21:42

ACESSIBILIDADE

(Crédito: Divulgação)
(Crédito: Divulgação)

Após dois anos à frente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a médica Rozangela Wyszomirska deixa a pasta com a marca de ter implantado serviços de grande relevância para os alagoanos e reconhecidos pelo Ministério da Saúde (MS).

Com um perfil técnico, a gestora implantou programas pioneiros, a exemplo do Serviço Estadual de Cardiopediatria, acabando com o drama de pais alagoanos, que eram obrigados a acionar a Justiça, visando assegurar o tratamento cardiopediátrico de seus filhos.

Paralelamente às ações para modernização e transparência da gestão, que culminaram com a elaboração do Plano Estadual de Saúde (PES) e a implantação da Controladoria Interna, a então gestora da Sesau percorreu o Estado e ouviu as demandas dos prefeitos e secretários municipais da área, visando realizar investimentos de forma regionalizada.

Mas, além das ações administrativas, que resultaram em auditorias internas e medidas para redução de gastos, a exemplo de diárias e de combustível, Rozangela Wyszomirska prosseguiu com a realização de novos investimentos para assegurar mais serviços aos alagoanos.

Com um olhar específico para os maiores problemas de saúde, evidenciando as doenças que mais matam em Alagoas, os novos investimentos focaram a cardiologia, traumato ortopedia, causas cerebrais e vasculares, além do câncer. Por ser a oncologia uma das áreas com o maior número de reclamações de usuários do SUS, a médica trabalhou para elaborar e implantar o Plano Estadual de Oncologia, levando Alagoas a deixar de ostentar o título de único estado do Brasil a não possuir um fluxo de atendimento definido para as vítimas de câncer.

Já nos primeiros meses à frente da Sesau, Rozangela Wyszomirska atuou para que as áreas da Atenção Primária e da Vigilância em Saúde trabalhassem de forma integrada.

“As ações focaram o combate às doenças negligenciadas, além da dengue, zika e chikungunya, culminando com a implantação do Protocolo para Assistência às Crianças com Microcefalia. Além de cooperarmos tecnicamente, incentivamos financeiramente os municípios que melhoraram os indicadores de vigilância em saúde, implantamos o Programa Qualicito, que melhorou o diagnóstico do câncer ginecológico”, evidenciou, ao ressaltar a criação de políticas para população quilombola, indígena e LGBTT.

Obras

E com base nos dados que apontam um déficit de quase dois mil leitos na rede hospitalar pública de Alagoas, a médica Rozangela Wyszomirska – que é especialista em auditoria médica – elaborou um plano arrojado para criar novos serviços.

 Além de concluir a reforma e ampliação da Maternidade Escola Santa Mônica, da Unidade de Emergência do Agreste (UEA) – que passou a contar com uma nova tomografia computadorizada – e do Setor de Coleta de Sangue do Hemocentro de Alagoas (Hemoal), foram abertas quatro Unidades de Pronto Atendimento – duas em Maceió, uma em São Miguel dos Campos e outra em Maragogi.

A gestora da Saúde estadual, que deixa o cargo após dois anos, também iniciou a reforma do Hemocentro Regional de Arapiraca (Hemoar), a construção da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera e da primeira Maternidade Estadual de Risco Habitual, cujas obras estão aceleradas e devem ser concluídas até abril do próximo ano.

“Além destas obras, também elaboramos os projetos para a construção dos Hospitais da Mulher, de Clínicas e da Criança e, está programada, a construção de Centros de Especialidades em municípios polo do Estado, como Palmeira dos Índios e Delmiro, além de serem implantadas mais quatro UPAs em Maceió”, reforçou Rozangela.

HGE

Considerado o maior hospital público de Alagoas, o Hospital Geral do Estado (HGE) também recebeu atenção especial da então gestora. Isso porque, além de reorganizar serviços da unidade, desde a porta de entrada, foram implementadas ações importantes, como os Serviço de Infarto Agudo do Miocárdio e de Hemodinâmica, possibilitando o atendimento à distância, através da Telemedicina e a Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

“Também ampliamos a linha de cuidado da ortopedia e traumatologia, com a realização de cirurgias eletiva, e implantamos, no início de janeiro deste ano, o Serviço de Cirurgia de Marca Passo Cardíaco de Urgência”, destacou.

Ainda no âmbito do HGE, a médica Rozangela Wyszomirska criou o Serviço de Transporte Sanitário (Sets), que faz a transferência de pacientes atendidos no maior hospital público do Estado até os leitos de retaguarda dos hospitais filantrópicos contratualizados.

Com relação à atenção pré-hospitalar, foram implantadas duas Bases Descentralizadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Maceió, sendo uma no Trapiche e outra no Tabuleiro do Martins, e foram requisitadas ao Ministério da Saúde (MS) mais dez ambulâncias.

Resultados

E os frutos dos investimentos, segundo Rozangela Wyszomirska, já podem ser comprovados, uma vez que a produção das unidades de saúde estaduais aumentou de 25% para 50%.

“Também implantamos o Núcleo de Judicialização, com apoio da PGE [Procuradoria do Estado], que tem resultado na redução das demandas judiciais, além de conseguirmos ampliar o teto de recursos destinados pelo Ministério da Saúde a Alagoas”, pontuou.

Em seu último pronunciamento, a médica Rozangela Wyszomirska salientou que a maior dificuldade enfrentada por ela foi o abastecimento das unidades, em razão dos trâmites burocráticos.

“É um grande desafio estar à frente da Sesau. Trabalhamos incessantemente e em todas as frentes. Meus agradecimentos aos servidores da Sesau e ao governador Renan Filho, que acreditou e confiou em uma proposta fora do circuito para a saúde. Êxito para o novo gestor, que vai encontrar uma secretaria administrativamente arrumada, com recursos em caixa e muitos projetos a executar”, sentenciou.


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