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Despesas de Calheiros e Collor com Correios disparam

Por com Folha de S.Paulo 16/01/2017 - 19:53

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Renan Calheiros (de pé) e Collor aumentaram os gastos com correspondências em 2016 (Crédito: Divulgação)
Renan Calheiros (de pé) e Collor aumentaram os gastos com correspondências em 2016 (Crédito: Divulgação)

Os gastos dos senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Renan Calheiros (PMDB-AL) com Correios dispararam em 2016 em relação a 2015.

No caso do ex-presidente da República, o desembolso passou de R$ 50 mil para R$ 110 mil. Já o presidente da Casa usou R$ 10 mil para entrega de correspondência em 2015 e R$ 85 mil em 2016.

Na soma de todos gabinetes, os gastos com Correios no Senado aumentaram de um ano a outro de R$ 2,9 milhões para R$ 3,1 milhões, corrigidos pela inflação.

As despesas com correspondência entram na rubrica "outros gastos" do Senado. Cada parlamentar tem um limite de verba conforme o seu Estado de origem.

Para aqueles com domicílio eleitoral em Alagoas, como Renan e Collor, o limite por mês variou entre R$ 7.500 e R$ 6.000 aproximadamente no ano passado –R$ 90 mil por ano. Membros da Mesa têm direito a mais R$ 1.300 mensais.

Procuradas, as assessoria de ambos os senadores não responderam aos questionamentos da reportagem sobre o motivo do aumento.

Embora o Brasil tenha altos índices de engajamento em rede social, mais de 40% da população ainda não tem acesso à internet, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

A situação se acentua no Nordeste, base eleitoral de Renan e Collor. Lá, 55% da população está offline.

COM LUPA

O gabinete de Collor, que sofreu impeachment em 1992, é um dos mais caros ao Senado. No ano passado, ele usou o limite da cota parlamentar a que um senador de Alagoas tem direito, R$ 420 mil.

Desse total, R$ 315 mil foram usados em serviços de segurança privada.

A empresa contratada, Citel Service, define-se como especializada em terceirização de mão de obra para condomínios, com serviços de segurança eletrônica e manutenção predial.

Como ex-presidente da República, Collor já tem direito a quatro servidores para fazer a sua segurança e apoio pessoal, além de dois assessores, dois motoristas e dois veículos oficiais.

Ele empenhou R$ 106 mil em consultoria parlamentar e manteve 79 servidores em seu gabinete.

No total, o gabinete de Renan usou R$ 54 mil da cota parlamentar (R$ 16 mil com divulgação do mandato) e R$ 100 mil com "outros gastos".

Seu gabinete e o escritório político em Maceió empregaram 20 pessoas.

Não há informação sobre gastos da presidência da Casa, ocupada pelo peemedebista, disponível no site do Senado, como há em relação a cada gabinete parlamentar. 


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