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Juiz e filho são acusados de favorecimento a membros do PCC

Por José Fernando Martins 10/01/2017 - 06:38

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O líder sindical, Kleyton Anderson (Crédito: José Fernando Martins)
O líder sindical, Kleyton Anderson (Crédito: José Fernando Martins)

Líderes e integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) estariam conseguindo regalias dentro dos presídios do Estado com a ajuda da própria Justiça alagoana.

O esquema denunciado nesta segunda-feira, 9, pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen-AL), teria a colaboração do juiz da 16ª Vara de Execuções Penais, José Braga Neto, e o filho, o advogado Hugo Soares Braga.

De acordo com o líder sindical, Kleyton Anderson, o contato com membros da facção criminosa é feito por Hugo Braga desde quando era estagiário em Direito.

"Agora ele atua como advogado de alguns principais chefes do PCC e de outra facção no Estado. O advogado [filho de Braga Neto] não assina os processos, e sim, um sócio, mas visita frequentemente os presos", explicou.

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A informação é que a "ajuda" aos presos tem acontecido nos últimos dois anos.

Uma vez Hugo Braga como advogado da facção, os clientes conseguiriam mordomias, como transferências de presídios e a instalação de aparelhos eletrodomésticos a mais do que permitido pela direção das penitenciárias.

A regalia mais comum, ainda segundo o presidente sindical, é a remoção de presos do Presídio do Agreste para as penitenciárias da capital. O motivo seria porque o presídio do interior do Estado teria uma segurança mais forte coibindo, inclusive, o uso de aparelhos celulares.

A denúncia será encaminhada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e também à corregedoria do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL). Na lista de clientes do advogado estão “Paulo Gordo”, Jaconias e Francisco, um dos maiores traficantes de drogas do Estado.

O EXTRA ALAGOAS entrou em contato com os denunciados na matéria, mas não foi atendido. 

Confira a um trecho da coletiva de imprensa


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